Esperança Depravada
Mas muito minha ainda mais...
Magra, cansada e vergastada
Vestida à África
Descalça, sem idade
Sozinha vagarosamente vagueia
À procura de nome, de terra
de identidade
Linda feita ferroso fardo
Do tamanho do mundo
Sobre minhas costas indigentes
Uma esperança que nasce
e desagoa
No mesmo bairro, no mesmo povo
Na mesma voz...
Uma esperança que não conhece
o cheiro de giz
E penosamente nunca soube
o que Quadro para Todos diz...
Manuel Mulula
SOBRE O AUTOR
Manuel Francisco Mulula nasceu na comuna
de Luremo-Cuango, província da Lunda-Norte, Abril de 1992. Vive no Lobito,
província de Benguela, desde os seus sete anos de idade. É estudante do 3° ano
no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED-Benguela) da Universidade
Katyavala Bwila, na especialidade de Ensino da Língua Portuguesa.
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