A
notícia da morte do poeta Antonio Panguila (à direita na foto),
ocorrida ontem (17/11/2018) em Luanda, apanha-nos desprevenidos e impotentes. A
sua última aparição pública na arena cultural da província de Benguela ocorreu
no ano de 2013, quando veio indigitado pelo Secretário-geral da União dos Escritores
Angolanos para proceder à apresentação (bastante animada) da novela "Não
tem Pernas o Tempo", de Gociante Patissa. Na cidade do Lobito, em parceria com o então elenco do
Movimento Lev'arte, orientou uma palestra sobre "O processo do livro e a
nova geração de autores". Quis a ironia do destino que o poeta, que
ultimamente se considerava erótico, o autor de "corpo molhado de
prazer", entre nós um exímio tradutor de sentimentos, deixasse o mundo dos
vivos com um simbolismo poético, um ataque de coração. António Francisco Panguila nasceu em Luanda,
aos 15 de Julho de 1963, mas passou a sua infância na localidade de Kiata,
município da Kibala, província do Kwanza Sul. Poeta, Panguila é licenciado em
Ciências de Educação, na especialidade de História, pela Universidade Agostinho
Neto, tendo apresentado como defesa de tese: Impacto Histórico – Literário do
Ohandanji, 1984 – 1994. Foi funcionário bancário.Da sua folha de serviço
consta que foi vencedor, em 1996, da 1.ª Edição do Prémio Literário Cidade de
Luanda, (género poesia), por ocasião das comemorações do 420º aniversário da
cidade capital de Angola. Foi ainda autor de O vento do Parto (poesia, 1993) e
Amor Mendigo (poesia, 1997). Mais sobre o poeta pode ser lido neste verbete
da União dos Escritores Angolanos
Onde quer que esteja, que continue a dar luz e criar.
Gociante Patissa, Benguela, 18 Novembro 2018
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