segunda-feira, 25 de maio de 2020

UCCLA prolonga prazo de recepção de textos literários sobre “Cultura em tempos de Pandemia”

A UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa) lança o desafio aos escrito
res de Língua Oficial Portuguesa para refletirem sobre a “Cultura em tempos de Pandemia”. 

A Organização não esclarece se reservou ou não um orçamento para o pagamento de direitos autorais na esteira da colaboração, que no entanto não se trata de um concurso. Prevê-se a publicação dos textos apurados em plataformas digitais e em livro. Os interessados podem enviar textos em poesia ou em prosa, até ao dia 25 de junho de 2020, com o limite de 5 mil caracteres, para os emails cultura@uccla.pt e/ou ruilourido@uccla.pt.

Leia os textos e conheça os autores - oriundos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe - que já aderiram a esta iniciativa da UCCLA através do link https://www.uccla.pt/noticias/uccla-lanca-reflexao-sobre-cultura-em-tempos-de-pandemia.

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domingo, 24 de maio de 2020

Dissertação de Mestrado na Universidade de Lisboa estuda obras dos escritores angolanos Pepetela, Ondjaki e Gociante Patissa

“O corpus analisado é constituído por obras de escritores angolanos de diferentes faixas etárias e
procedência geográfica; assim como por textos jornalísticos produzidos por profissionais de informação que, em princípio, fazem uso da norma europeia. Analisam-se comparativa
mente os resultados sobre a colocação dos clíticos pronominais obtidos nas obras de três escritores conceituados da Literatura Angolana (Mayombe e A Sul. O Sombreiro, de Pepetela; A Última Ouvinte, de Gociante Patissa; Os Transparentes e Os da Minha Rua, de Ondjaki) e de dois jornais com uma abrangência nacional (Jornal de Angola e O País).

i. Selecção dos autores. Para uma compreensão diacrónica, escolhemos Pepetela, que escreve na década de 70 e em 2011, o que nos permite comparar a escrita do período colonial com as tendências contemporâneas, recentes. Para uma possível aproximação à linguagem popular, preferimos Patissa, que melhor representa o contacto com a língua umbundu (centro sul), e Ondjaki, que faz uma radiografia do ambiente popular da cidade capital, Luanda. O corpus jornalístico escolhido é aquele que, na esfera da imprensa escrita, julgamos representar melhor as diversas sensibilidades do país. Revelou-se muito mais rigoroso no uso da “norma” (i.e. a norma do PE), mesmo que os resultados revelem algumas divergências”

Dissertação disponível em PDF neste link
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/40812/1/ulfl274272_tm.pdf

FICHA TÉCNICA
Tese defendida a 11-Nov-2019 / Autor: Mutali, Henrique Simão
Orientador: Martins, Ana Maria/ Tema: Título: A colocação dos pronomes clíticos no português angolano escrito / 432 páginas
Universidade de Lisboa - Faculdade de Letras
Dissertação de Mestrado em Linguística
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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Crónica | PROCURA-SE IGNORANTE

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De vez em quando, o que para ser franco até ocorre com frequência ultimamente, sua excelência eu fica a matutar sobre a evolução semântica de certas palavras no dia-a-dia mwangolê, cuja velocidade é de preocupar porque se afigura cada vez mais difícil de alcançar.

A título de exemplo, IGNORÂNCIA passou a ser uma virtude, refere-se à condição de quem (é ou) está usando a capacidade de resistir a provocações ou pressão mediante o silêncio ou inacção. Trazido ao nosso contexto, há que destacar que se ainda há algum êxito no nosso sistema de ensino-aprendizagem, então o mérito vai para a classe docente, que é formada globalmente por grandes ignorantes... pois os alunos hoje em dia não provocam pouco. Neste caso, professor sai-se duplamente ignorante se olharmos também para as condições de trabalho nem sempre favoráveis ao exercício da profissão.

Não será de admirar que nos próximos tempos, mesmo já que é para poupar espaço, a descrição de perfil em concursos de vaga em qualquer sector seja resumida a... "procura-se ignorante para admissão imediata". Vai daí o conselho: sempre que tiver de elaborar o seu curriculum vitae para dar aulas, uma vez conhecido já o fenómeno social da tendência cada vez maior dos alunos à indisciplina, não se esqueça de destacar a sua maior virtude: IGNORANTE! Até pode mesmo acrescentar que o candidato é "ignorante de pai e mãe".

E há mais. Por favor que ninguém me trate por "amigo!"; amigo é o comerciante desconhecido, concretamente o chinês ou o vietnamita da casa das fotocópias ou da "repação" de motorizadas. E sua excelência eu, sendo que não tem jeito para negócios, desgraçado talhado a subordinado, então também dispensa fama sem proveito. Ah, mas para depois não surgirem acusações de fundamentalismo, abre-se uma excepção. Quando assim ocorrer, falo de me chamar "amigo!", tenha a certeza de que estou pagando serviços no seu próprio estabelecimento. Senão, hum!...

Vou terminar com uma nota triste. Na adolescência aprendi noções básicas de tocar viola, andei no coral infantil, mas depois não houve talento para dar vida à semente. Porque se assim não fosse, hoje eu pegava nessas letras, inventaria uma melodia e COMPOSITAVA uma bela canção. É isso, esse profissional de arte que não ganhava fama nenhuma enquanto "compunha", agora já tem mais visibilidade porque passou a compositar. É como digo, depois do cuduro, nunca mais o sector da música será o mesmo. Ainda era só isso. Obrigado

Gociante Patissa. Lobito, 14 Maio 2017
www.angodebates.blogspot.com

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segunda-feira, 11 de maio de 2020

Humor | Cerca sanitária COVID-19 e etc.

Certo agente regulador de trânsito em Luanda aborda um motorista inicialmente por excesso de velocidade apenas.
— Mas, senhor agente, eu posso explicar... — replica o motorista.
— Meu caro amigo, trate de ficar quieto! Vou colocá-lo na cadeia até o chefe chegar! — esbraveja o agente. — São vocês, pá! Erra muito bem, depois ainda quer convencer… Hum!

Em coisa de minutos aproximam-se as forças da ordem em cumprimento do Estado de Emergência. O polícia explica aos colegas que o cidadão estava a circular sem credencial, portanto em lazer.
— Mas, por favor, eu só queria dizer que...
— Silêncio! Você está retido! Se abrir a boca, apanha uma pastilha por desacato à autoridade! Num momento em que o país de boca e narinas enfrenta a guerra do inimigo COVID-19, o camarada fica a zanzar, francamente, pá! Meu amigo, cala-me mais é esta máscara, pá! Já conhecemos esses truques. Comigo, se é de gasosa ou saldo, é melhor desistir. Errou, apanha as consequências!

Aí, o oficial-dia manda encarcerar o alegado infractor numa cela, sozinho, e vai embora sem lhe dar atenção. Horas mais tarde, volta para verificar o comportamento do detido:
— O chefe está a chegar! Sorte a sua que ele foi ao casamento da filha dele. Deve estar de bom humor.
— Duvido muito... Se me tivessem deixado falar, saberiam que o noivo sou eu!

(Ficção/Adaptação) | www.angodebates.blogspot.com

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A Voz do Olho Podcast

[áudio]: Académicos Gociante Patissa e Lubuatu discutem Literatura Oral na Rádio Cultura Angola 2022

TV-ANGODEBATES (novidades 2022)

Puxa Palavra com João Carrascoza e Gociante Patissa (escritores) Brasil e Angola

MAAN - Textualidades com o escritor angolano Gociante Patissa

Gociante Patissa improvisando "Tchiungue", de Joaquim Viola, clássico da língua umbundu

Escritor angolano GOCIANTE PATISSA entrevistado em língua UMBUNDU na TV estatal 2019

Escritor angolano Gociante Patissa sobre AUTARQUIAS em língua Umbundu, TPA 2019

Escritor angolano Gociante Patissa sobre O VALOR DO PROVÉRBIO em língua Umbundu, TPA 2019

Lançamento Luanda O HOMEM QUE PLANTAVA AVES, livro contos Gociante Patissa, Embaixada Portugal2019

Voz da América: Angola do oportunismo’’ e riqueza do campo retratadas em livro de contos

Lançamento em Benguela livro O HOMEM QUE PLANTAVA AVES de Gociante Patissa TPA 2018

Vídeo | escritor Gociante Patissa na 2ª FLIPELÓ 2018, Brasil. Entrevista pelo poeta Salgado Maranhão

Vídeo | Sexto Sentido TV Zimbo com o escritor Gociante Patissa, 2015

Vídeo | Gociante Patissa fala Umbundu no final da entrevista à TV Zimbo programa Fair Play 2014

Vídeo | Entrevista no programa Hora Quente, TPA2, com o escritor Gociante Patissa

Vídeo | Lançamento do livro A ÚLTIMA OUVINTE,2010

Vídeo | Gociante Patissa entrevistado pela TPA sobre Consulado do Vazio, 2009

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