quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Recolha de contributos, sugestões e estratégias | PENSAR AJS NO SEU 18.º ANIVERSÁRIO

Caros membros, amigos e pessoas em geral com algum carinho pela Associação Juvenil para a Solidariedade (AJS),

A nossa ONG vai completar este mês de Dezembro 18 anos desde que foi idealizada. De lá para cá muita coisa boa aconteceu, graças ao contributo de todos, ao espírito de sacrifício e desprendimento dos membros (fundadores e continuadores) e também ao cunho pessoal das equipas gestoras da Coordenação Executiva.

O crescimento é notório e praticamente não se pode falar do papel da sociedade civil em Benguela no que se refere aos últimos 20 anos sem incluir a AJS. Nos últimos dez anos conseguimos mais recursos, arrendamos um escritório mais condigno, meios rolantes, crescimento intelectual dos representantes, somamos na credibilidade perante doadores.

Seria desonesto dizer que tudo vai bem. Não vai. Alguns problemas estão identificados. Dois são assinaláveis. Falo do distanciamento entre a assembleia de membros (o poder soberano) e o órgão executor. Também na relação com a histórica comunidade do bairro Santa Cruz, no Lobito, perdeu-se parte de um grande capital na imagem da organização, que é a bondade, a frequência da sede enquanto factor de aproximação inter-geracional, entre outras coisas.
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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Curiosidades e memórias da AJS (7) | JOVENS DA SANTA CRUZ MUDAM O MUNDO

Desde Junho último, cerca de 15 jovens de ambos os sexos decidiram dar corpo ao seu dever de servir a sociedade com o pouco que podem fazer e com o muito que desejam aprender. De forma voluntária, dedicam-se ao aperfeiçoamento do teatro de intervenção, dando ênfase à promoção da educação cívica e à saúde pública.
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Curiosidades e memórias da AJS (6) | AJS VAI RECRUTAR MAIS MEMBROS (anúncio do ano de 2007)

Fundar uma Organização Não Governamental angolana é apenas um passo e qualquer cidadão consegue fazê-lo se se guiar pela lei das Associações. Agora, sustentá-la no presente contexto de desenvolvimento é que é uma obra. Aliás, não é nada pequeno o número daquelas que se viram convidadas pela adversidade a encerrarem as portas e todo um sonho, depois de incentivadas a surgir pelo contexto de emergência.
Em Dezembro deste ano, a AJS somará sete anos de existência, uma experiência relevante para os seus membros, amigos e, sendo de todo justo aqui considerar, para a sociedade, que constitui o seu ponto de partida e de chegada. Nesta edição trazemos para @ noss@ leito@ o retrato recente da AJS.

No campo dos projectos, o biénio 2006-07 é o melhor da história da AJS, na medida em que permitiu gerir três Projectos autónomos em simultâneo. Trata-se dos projectos “Pesquisa para o Ensino Primário em Benguela”; “Viver Contra a Sida-3, Cidadania e Saúde Preventiva”; e “Palmas da Paz-2, Cidadania e Prevenção de Conflitos”, financiados pela Education Action International, Reino Unido, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e pela Embaixada americana, respectivamente.

Para o Responsável da Organização, Edmundo Francisco, vive-se actualmente um momento determinante para a vida da AJS, chegando a considerar tal experiência como resultado de todo um trabalho de equipa, reflexo da confiança nos valores que norteiam a agremiação, bem como o poder de iniciativa e execução dos seus recursos humanos tem merecido da sociedade. Todavia, considerou, sendo indicador de crescimento implica também que a sociedade vai exigir mais “de nós”.
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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Curiosidades e memórias da AJS (5) | PARCERIAS E "ATREVIMENTOS" ELEVARAM NOSSO PERCURSO

1999: Jovens idealizam a associação, sob a divisa “Humildade, Justiça e Solidariedade”.

2000: Completa-se o processo de legalização e afiliação nos ministérios afins. O primeiro reconhecimento veio da Secção Municipal da Educação do Lobito (obrigado, Sr. Lino Passassi!), a seguir veio do Ministério da Juventude e Desportos (valeu, Sr. António Bravo!). A busca pelas parcerias e aliados incluía ONG, associações e pessoas singulares. Em Outubro, a AJS torna-se membro da Rede Municipal da Criança de Rua do Lobito, que incluía o Instituto Nacional da Criança e apoiada pela Save the Children-UK. No aniversário deste ano, a AJS apresentou-se à comunidade com encontro de balanço, de que participaram o soba, seculos, administração de zona, entidades da comunidade e Defesa Civil. Na reunião de 23/07 completou-se o quadro directivo com os cargos e funções previstos nos estatutos.

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Curiosidades e memórias da AJS (4) | ESTES FORAM OS PRIMEIROS PASSOS DA ASSOCIAÇÃO JUVENIL PARA A SOLIDARIEDADE (AJS)

Corria a segunda quinzena de Dezembro no distante 1999. O país vivia ainda os efeitos da crise humanitária, resultante do fracasso eleitoral de 1992.  Muita gente vende o que tem e ruma para o exterior do país, mas há uma maioria que nem sequer um dólar por dia consegue ter para sobreviver. Organizações da sociedade civil juntam-se às acções de agências internacionais ao lado do governo. Grupo de estudantes de Ciências Sociais do Centro Pré-Universitário (Puniv) do Lobito não se conforma com a realidade à sua volta, idealiza uma associação que se comprometeria com a integração de marginalizados (pela fome, drogas, etc.).

Concebida a ideia e mobilizados alguns interessados a membro, rabiscou-se o primeiro exemplar de estatutos. Tudo o que se possuía era uma máquina de dactilografar emprestada, pelo que urgia solicitar a ajuda a alguém para informatizar o manuscrito. E foi grande a ajuda da senhora Helena da Costa, que ficou várias vezes sem tempo para almoçar, no seu gabinete da ENE. Saiu um compilado de quatro páginas. Mas as expectativas viriam redundar em frustração, quando o funcionário do notário disse que aquilo estava longe de ser um estatuto. Pelo menos mais quatro rejeições notariais aconteceram, até finalmente arranjar um texto que mais perto estava de responder ao exigido pela Lei das Associações. Isso incluía aumentar o número de subscritores do manifesto, de quatro para 15. A escritura legal sairia finalmente em Junho do ano 2000, quase seis meses após as primeiras tentativas. Mas a verdadeira dificuldade estava ainda por chegar.
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Opinião | Escrever no século 21 (*)

Foto: jornal La Jornada Baja California
O escritor do século 21 enfrenta o perigo de ver sua crítica estética desvanecer pelas leis comuns do governo, mercado, leitores, academia e internet.

A ordem desses poderes varia segundo cada país. Porém, todos eles controlam o escritor literário neste novo século.
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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Curiosidades e memórias da AJS (3) | É A REFILAR QUE NOS ENTENDEMOS

No campo das negociações com doadores internacionais, recordo com certa gargalhada uma cena que tem tanto de caricato, como de puxar ao limite a adrenalina, num impasse em que a parte mais vulnerável quase botava tudo a perder, no que poderia pôr em causa a história de realizações da AJS (Associação Juvenil para a Solidariedade), logo no começo, quando ela mais precisava para consolidar o palmarés na gestão de orçamentos. Bem-vindo ao terceiro apontamento sobre as curiosidades e memórias da AJS, desta feita para olhar para as virtudes e defeitos na liderança.
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Curiosidades e memórias da AJS (2) | E QUEM RECUSOU FOMOS NÓS

Ester Tembo (esq), Patissa, Ana Maria (atrás),
colega cujo nome já não recordo
O ano financeiro das agências doadoras fechava entre Julho e Setembro, pelo que a partir de Outubro começavam a surgir, em cadeia de e-mails, as chamadas para apresentação de propostas de projectos para financiamento. A elaboração/sistematização de projectos, cuja habilidade era adquirida e aprimorada em seminários e workshops, constituía, como lhe considerou alguém, “o sangue das organizações”.

Em finais de 2004, chamados de urgência ao gabinete da brasileira Ana Maria, coordenadora do programa de saúde da CRS (Catholic Relief Services), de origem americana, fomos recomendados a apresentar um projecto de combate à malária, que devesse orçar até USD 20 mil. Era o máximo que o doador chamado OMS (Organização Mundial da Saúde) podia cabimentar, valor no entanto insignificante para a dimensão e prestígio da CRS. A negociação com o delegado da OMS viria a sair-se tensa e mandamos o homem “pastar”. E não deixei de festejar um pouco quando no ano seguinte saiu a notícia do afastamento do homenzinho do cargo. Já vamos voltar a este tema.
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EXTRACTO (homenagem póstuma a um daqueles amores dos anos de adolescência na esperança de um eterno descanso, todavia prematuro)

Na vida real porém não se podia gabar de tal valentia, se em causa estivesse o resgate de um amor interrompido pelos inoportunos dias infindos de guerra civil. Tinha praticamente acabado de contrair matrimónio quando o conheci, mas cá para mim continuavam a coabitar na sua cabeça a esposa e um amor elevado a um patamar platónico.
Linda tinha o dom de o deixar encabulado. Isso foi naquele tempo em que os rapazes se declaravam, plagiando esta ou aquela letra de música brasileira romântica, Roberto, Fábio, Miranda, Fafá, Camargos e companhia limitada, e aguardavam longos dias pelo sim da rapariga, ou então pela gravidez que não era sua. Naquela época, o ajudante de carpinteiro, Lukamba, vivia entusiasmo redobrado, um pouco por ter achado dicionário lá no serviço, velho, velho como o amor e que tinha ganho já a cor da madeira. Outro pouco do entusiasmo devia-se à intensidade dos sentimentos ou, no mínimo, ansiedade. Porém, quando chegasse perto da rapariga, as palavras fugiam.
— Você me procura, não fala quase nada… — disse-lhe, entre o carinho e o protesto.
— Bem, minha bem-quista, é que quando te vejo, sinto… eh, no peito… algumas espingardas.

A garota, a quem a diastema tornava ainda mais radiante, sorriu um pouco para não deixar de dar o ar simpático. Era bem capaz de nunca ter ouvido falar em espingardas (a guerra comia armamento de verdade, não espingardazinhas).
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domingo, 26 de novembro de 2017

Comunicado

Comunica-se aos amigos, leitores e a todos os interessados que no quadro do lançamento e promoção do livro de contos «O Homem que Plantava Aves», em curso em São Paulo, Brasil, onde acaba de ser posto nas bancas pela Editora Penalux, o escritor angolano Gociante Patissa, que não conseguiu deslocar-se para lá, está a ser representado pelos editores Tonho França e Wilson Gorj. Mais informações sobre a aquisição da edição brasileira podem ser obtidas através do site da http://site.editorapenalux.com.br/a-editora Ainda era só isso. Obrigado.
Assina: Sua excelência eu patissagociante@yahoo.com. Benguela, 26 de Novembro de 2017
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Diário | Assim vais querer contrariar o médico?!

“Mas assim outra vez?!”
“Nem um beijinho ao teu esposo que Deus te deu?”
“Senta só, faz favor, vamos conversar. Uf, que bafo!”
“Tudo para o teu bem, meu bem…”
“Achas?! Eu quero separação…”
“Ai, é? Separação de quem?”
“Nós, amor. Não suporto mais…”
“Como assim?!”
“Levei tempo para perceber mas depois que fui à marcha de repúdio à violência contra a mulher, cheguei à conclusão que a vida que me dás e levas é isso mesmo. Violência doméstica…”
“INJUSTIÇAAA!!! Eu sabia que nessa marcha tinha algo escondido. Se calhar era para ver as pernas das esposas dos outros no desfile e depois conquistar, pá! Onde é que já se viu dar sexo a um problema social como a violência?! Por caso também não há homens que sofrem na mão das companheiras, hã?! Olha, vou-te falar. Eu tinha um amigo que não precisou de ir ao ginásio, ouviste? Cada ofensa que saía da boca da mulher, o homem perdia mil e tal calorias. Até chegou a morrer anoréctico, coitadinho…”
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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

(arquivo) Diário | Será algum distúrbio psíquico?

(I)

"Mas esse homem pensa que é o quê assim afinal?"
"O cidadão? Também já notaste afinal, né?"
"Ya. Anda aí de ombros em cabide; saudar, nada. Quando é para conversar, contraria tudo, monopoliza os silêncios da rua, biblioteca toda na ponta da língua..."
"Ele está assim desde janeiro..."
"Mas isso não é contagioso? Será algum distúrbio psíquico?"
"Até é distúrbio legislativo..."
"Essa eu não entendi..."
"Está a treinar para cair no anzol a deputado..."
"Mas sem partido?"
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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

(arquivo) Diário | Mas aquele chinês se eu lhe chamar um nervo, fiz mal?

"Colega, já viste uma coisa?"
"Qual é a dica?"
"Esse chinês já está começar a me dar raiva, meu... Me responde só ainda. Assim se um dia desses um gajo lhe chamar um nervo, fiz mal?"
"Qual é a maka então?"
"Estou mesmo a lhe controlar... lhe controlar... lhe controlar... Vi mesmo, que... Não! Esse gajo tem uma intenção..."
"Aié?
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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Curiosidades e memórias da AJS (1)

Num dia como hoje, no ano de 2002, isto há quinze anos, era comprado o primeiro computador da Organização Não Governamental AJS (Associação Juvenil para a Solidariedade), de marca "Infant", adquirido à Lobinet. Fundada em 1999 e depois de ter funcionado provisoriamente nas instalações da Associação dos Defensores e Amigos do Ambientes (ADAMA), a AJS conseguiu arrendar um antigo armazém para servir de escritórios. A montagem do computador na sua sede, situada na a época na rua principal da parte semi-urbana do bairro Santa Cruz, na cidade do Lobito, aconteceu no finalzinho do dia. Já a pensar em projectos envolvendo radiodifusão, fez-se questão de encomendar no acto da compra uma segunda drive gravadora DVD-R. A impressora era uma HP850, para mim a mais eficaz de todos os tempos da marca, tanto que era capaz de imprimir mais de 60 certificados de participação em cartolina em menos de meia-hora. Iniciava uma era que colocava fim ao recurso às máquinas de dactilografia, duas, uma herdada da moageira do Sr. Paulo Cambiete "Podre", no que contou o empurrão do membro Amos Chitungo, outra já velhinha comprada à Lupral juntamente com secretária. Foi neste computador que viriam a ser elaboradas muitas das propostas de projecto espalhadas à avaliação e possível financiamento, entre as quais o primeiro grande financiamento (depois dos 2 mil da Oxfam). A aquisição resultava da poupança no que nos cabia do orçamento da "Coligação Ensino Gratuito, Já!", financiada pela ONG americana World Learning. A coligação era liderada pela Omunga e incluía cinco ONGs de Benguela, nomeadamente O Círculo Rastafari de Benguela (CRB), a (ADAMA) a AJS e o Conselho das Igrejas Cristãs (CICA) e, de Luanda a Associação Estrela da Criança. Conduzia uma campanha de advocacia pela gratuitidade do ensino, que se consubstanciava em reforçar as capacidades dos pais e encarregados de educação e ao mesmo tempo levar acções directas de monitoria contra as cobranças de propinas no ensino de base público. No ano de 2003, chegaria o primeiro até então grande financiamento do CREA (Creative Associates) na condição de sub-recipiente da agência do governo americano USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) , com o qual se pagou o espaço de antena na Rádio Morena para o programa de debates sobre reconciliação e prevenção de conflitos no contexto pós-guerra intitulado "Palmas da Paz". Compreendia ainda workshops e debates no litoral, concretamente nos municípios do Lobito, Benguela e Baía Farta. Ao cabo dos seis meses que durou o projecto, cuja extensão ficou inviabilizada pela extinção da missão do doador em Angola face ao despoletar de uma investigação sobre a teia de corrupção que envolvia funcionários da entidade sub-recipiente americana CREA e responsáveis de algumas ONGs nacionais, a AJS viria a ser premiada, sob orientação da USAID, pelo êxito no alcance das metas do projecto, o que lhe valeu o primeiro computador portátil (um "Toshiba" azul em segunda mão, que era da área de contabilidade da agência financiadora), quando um novo podia custar aproximadamente USD 3 mil. Ainda era só isso. Obrigado.
Daniel Gociante Patissa (na foto, aos 23 anos de idade)
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terça-feira, 21 de novembro de 2017

(arquivo) Diário | Achas que sou corrupto ou quê?!

"EI! XE! VOCÊ!!! ENCOSTA AÍ! NÃO VIU A ULTRAPASSAGEM ARRISCADA QUE FEZ?!" NÃO VIU A ULTRAPASSAGEM ARRISCADA QUE FEZ?!"
"É desculpar senhor agente..."
“Faculta-me a documentação e a carta de condução mais o BI, por favor…!”
“Chefe o seguro está em dia, a taxa de circulação também, consoante os selos mostram no para-brisas…”
“Mas o angolano é assim porquê, que você pergunta o nome do peixe e o cidadão te fala que o arroz é saudável porque é integral, hã?! DOCUMENTO DA VIATURA E A CARTA DE CONDUÇÃO! RÁPIDO, PÁ!”
“Chefe, só um momento… Vou só atender uma ligação urgente… Também já caiu e estou sem saldo…”
“A viatura é imunizada?”
“Como, chefe?”
“O proprietário do bem é alguém que goza de imunidades?”
“Não, chefe, é pessoa mesmo como nós, um batalhador para não faltar pão na mesa… Eu como sou temente a Deus, com esses ricos, que um gajo não sabe se o tal dinheiro sai no roubar ou vem com as cobras de feitiço à noite, meu chefe, não aceito trabalhar…”
"Já viste quantas pessoas morriam se a condução fosse baseada nisso de pedir desculpas?!"
"Meu kota, perdoa só já o teu puto. Ainda não facturei nada hoje, vai custar fechar a conta do patrão..."
"Ainda por cima, tens coragem de dizer isso. Dezasseis passageiros, contra a lotação do mini autocarro. Quer dizer, para vocês é tudo trinta por uma linha, ne?! Essa multa vai-te cair mesmo bem..."
"Meu brada, não faz isso! Safa só o teu sangue. Estamos a entrar no fim-de-semana, e uma multa vai-me estragar o ano."
"Aié? Assim te safo... e a mim quem é que me vai safar?"
"Meu kota, não fica mais malaike tipo aqueles trânsitos sujos. Você até aqui tem boa fama... Olha, é assim: tenho uma pequena fezada assim para fechar o kota com um saldo, meu kota."
"Embrulha na carta, xe!!!"
"Aqui está, meu kota."
"Porra! Você só vai me passar mil kwanzas?! Achas que sou corrupto ou quê?!"
(Adaptação)
www.angodebates.blogspot.com | Gociante Patissa, 05 Janeiro 2017 
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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Campanha Cabaz de Fim de Ano | ADQUIRA POR E-MAIL E GRÁTIS O LIVRO DE CONTOS «FÁTUSSENGÓLA, O HOMEM DO RÁDIO QUE ESPALHAVA DÚVIDAS», de Gociante Patissa | Termina a 17 de Dezembro

Os serviços de apoio de sua excelência eu tornam público que, a seu pedido e julgado procedente, o autor Gociante Patissa disponibiliza grátis de 07 de Novembro a 17 de Dezembro a versão digital no formato Adobe PDF do seu livro de contos intitulado «FÁTUSSENGÓLA O HOMEM DO RÁDIO QUE ESPALHAVA DÚVIDAS», a número 01 da colecção designada «Novos Autores», por via de uma Bolsa Literária da iniciativa do projecto «Ler Angola» no ano de 2014 e que foi descontinuado há por aí dois anos. Sustentam tal decisão a grande procura pelo referido livro, já esgotado na rede de mercados Kero, combinado com a extinção do projecto que editou a obra. Assim, em caso de interesse, deverá de preferência escrever para patissagociante@yahoo.com ou também deixar na secção de comentários o seu e-mail (na verdade a primeira via seria a mais aconselhável). Está-se a considerar a ideia de disponibilizar via whatsapp mas ainda não se chegou à conclusão quanto à viabilidade e conforto de ter de ler 120 páginas no telemóvel. Passe a palavra. Ainda era só isso. Obrigado
www.angodebates.blogspot.com 
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(arquivo) Diário | A ÚLTIMA PESSOA A FALAR?

"Meu kota! Kota Kupatisa! O kota não está a me reconhecer, né?"
"Desculpa. Tu és..."
"O fulano! Meu kota, deixa só parar bem a mota para dar um abraço no kota Kupatisa... Grande kota..."
"Pois, és o fulano, sim. Mas já vai muito tempo que não nos vemos."
"Eu estava a cumprir. Recebi soltura só há dois meses e tal. Mas sempre que via o kota Kupatisa na televisão, lá mesmo na pení [penitenciária], os meus colegas não acreditavam. Eu lhes falava mesmo 'éste é meu kota lá da banda!'.
"Obrigado pela consideração."
"Nós estamos a acompanhar a carreira do kota. Primeiro mesmo foi naquele teu livro, A ÚLTIMA PESSOA A FALAR!"
"A Última Ouvinte?"
"É mesmo esse. Eu até lhes falava que o kota também já bumbou assim na rádio."
"Quer dizer, indirectamente, fiz programa de uma outra entidade através da Rádio Morena..."
"Vi na televisão o lançamento, aquilo é um grande livro, kota Kupatisa, A ÚLTIMA A FALAR!!! Continua mesmo assim, meu kota. E onde é que estão a vender?"
"Ah, ainda não tiveste contacto com o livro?"
http://angodebates.blogspot.com | sexta-feira, 20 de Novembro de 2015
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domingo, 19 de novembro de 2017

(arquivo) Diário | E quem é a fonte?

"Ora, cá está o sindicalista mais famoso da província!..."
"Bondade sua, meu caro. Famosa é a vossa digna casa."
"É, né? Seja bem-vindo. Olha que o nosso diferencial no panorama jornalístico e informativo está mesmo na abertura, isenção e pluralidade. É que aqui, censura não mora. Não é fácil neste nosso país com o passado histórico que temos, como imagina... Pronto, está ligado o microfone. Vamos gravar..."
"Mas preparam ao menos as entrevistas? Ultimamente as entrevistas são feitas a free style, e é em todos os órgãos de informação..."
"Bem, caro sindicalista, esta parte não posso publicar assim como disse..."
"Mas é a minha opinião!"
"Pode ser mal recebido. Mas entendo o que o senhor quis dizer. Vou escrever que o sindicalista defende maior cobertura das actividades reivindicativas, é isso?"
"Estou a dizer que o habitual é que convidam mas não se faz a mínima pesquisa do que o entrevistado faz, às vezes nem do nome dele sabem. E isso não é nada bom para a tradição de rigor que o jornalismo tinha…"
"Mas, sabe de uma coisa? – E isso falo como amigo, já não é na qualidade de jornalista. – É bom não criar anti-corpos na classe, até mesmo porque a imprensa tem um poder que nem o meu caro amigo imagina."
"Isso quer dizer o quê?"
"Quer dizer que como experiente no metier, já sei as palavras que vou usar para a entrevista ser bem ouvida. Porque temos de saber falar para todos os segmentos e camadas…"
"Mas disse eu algum disparate?"
"Não, por amor de Deus!  Mas, pronto, vamos avançar, que o tempo é pouco e ainda temos mais perguntas."
"À vontade."
"Indo directo ao ponto da discórdia. A entidade patronal esteve cá e disse que o senhor em particular, em desprimor da responsabilidade que tem e do número de seguidores ideológicos, é o que mais periga a higiene no local de trabalho. Acha correcto o que tem feito?"
"Mas o patrão foi a tempo de falar também do défice de higiene interior que tem?"
"O que seria higiene interior?"
"Uma conduta coerente e deontologia e ética..."
"Mas o que é que isso acrescenta à resolução do diferendo?"
"Se ele acusa e ataca, julguei que falasse de exemplos morais de parte à parte."
"Chegou-nos a informação que o senhor passou uma semana de 'doença política', alegando dores lombares. O que tem a dizer?"
"E quem é a fonte?"
"O senhor quer praticar censura?! Já ouviu falar da liberdade de imprensa, de opinião e da protecção das fontes? O senhor acha que andamos a brincar no jornalismo ou quê?! Se acha que é tarefa fácil, com todo o respeito, porque é que não vem exercer?!"
"Não se chateie caro entrevistador. Essa sua fonte foi honesta o suficiente para explicar que passei a trabalhar sentado em mesa plástica de bar, as chamadas 'espera condições', desde que o chefe cedeu a minha sala a uma estagiária particular que lhe serve o café?"
"Vê lá se nos entendemos à luz da clarificação de papéis! Quem faz perguntas sou eu. Para já, o senhor acha educado criticar um superior hierárquico aos microfones?! Acha que a sociedade vai respeitar um sindicalismo deste género, quando até a própria palavra do Senhor ensina respeitar as nossas autoridades em primeiro lugar?!"
"Quem começou com perguntas enviesadas é você..."
"Eu para já não admito que me chamusquem a reputação. Se o senhor quer censurar, não é aqui! Você tem ideia do esforço dedicado por todo um colectivo para se construir essa imagem de excelência jornalística, isenção e pluralidade que temos?!"

www.angodebates.blogspot.com | Gociante Patissa | Benguela, 21.05.2016
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sábado, 18 de novembro de 2017

(arquivo) Diário | Xé!, você é mau, ya?...

(I)
"Boa noite, meu irmão. Vai para o Lobito?"
"Boa noite. Mais ou menos. Parei para dar boleia àquele moço, é um primo meu. Não é bem Lobito, está mais próximo da Katombela o destino dele."
“Dá-me só um jeito também, ya?”
“Fica complicado, mano. Vai-me desculpar. Estou a vir da escola, são já 22 horas. Portanto, aquilo vai ser um depositar o homem na paragem e voltar imediatamente.”
“Não faz mal, fico onde ele ficar…”
“Pronto, se for assim, então vamos…” 
(II)
“Eh pá, primo, estás entregue. Chega bem à casa e cumprimentos à família!”
“OBRIGADO. VOCÊ TAMBÉM, PRIMO. BOM REGRESSO E VAI COM DEUS.”
“Mano, conforme falamos, a paragem é aqui…”
“Mas vai ter que fazer a rotunda lá na bolacha do campo do Buraco, ou não é isso?”
“Sim, com certeza.”
“OK, ali estou bem.” 
(III)
“Pronto, companheiro, aqui já estás entregue.”
“Meu irmão, entra só até depois da ponte [500 metros]. Vais ter mesmo coragem de deixar o outro nesta escuridão aqui na linha onze?”
“Assim fica complicado ajudar, companheiro. Lembras-te de quando eu disse que só traria o primo?”
“Meu irmão, não custa nada, ajuda só. Eu tenho medo de bandidos. Vais fazer isso mesmo comigo, me deixar nesta escuridão?...”
“Olha, neste caso, há uma solução boa para ambas as partes. Fecha a porta, ainda vou a tempo de te deixar na paragem de Benguela [35 km] onde subiste. Lá não há bandidos.”
“Xé!, você é mau, ya?…”

www.angodebates.blogspot.com | Gociante Patissa, Benguela. 17 Agosto 2016
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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

(arquivo) Diário | O quê que ela vai pensar?!

"Amor, posso fazer uma crítica ou um pequeno reparo? Quer dizer, não é bem reparo. Se calhar é uma observação. Ou seja, talvez até não chegue a ser uma observação, é mais ou menos uma nota. Diria mais uma espécie de ponto de vista, um parecer..."
"Pára de dar voltas, homem! Qual é o assunto?"
"Sabes que eu mesmo... o amor é aquele, né?..."
"Já estás há dois dias a patinar nesta rotunda, desculpa-me o exagero, mor... Queres dizer o quê, que a relação termina aqui?"
"Claro que não!!! Hoko!"
"Então esta tal crítica, que não é bem crítica, ou o reparo, que não é reparo, ou a nota ou moeda, sei lá, é sobre o quê mais afinal de contas?! Até já estou a bocejar. Que sono!"
"Amor, estamos a namorar há já quatro meses, pelo que, ah!... e já é tempo de me apresentar aos teus pais, sabes?..."
"Hum! Ó coiso! Isso tudo assim é legalizar a vontade me ver dormir todas as noites no teu quarto? Assim, quatro meses de namoro, te apresento na minha mãe. Amanhã te dá na cabeça me trocar por outra. Pouco tempo depois vou apresentar outro homem, ah ‘porque, mãe, aquele já não é, o dono das pastas agora é esse'. O quê que ela vai pensar?!"

www.angodebates.blogspot.com | Gociante Patissa. Katombela, 24.08.2016
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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

(arquivo) Diário | Mas você lhe chamou de porco ou não?

"Obrigado, meritíssimo. Mas ainda, um ponto de ordem só, faxavori. É rápido…"
"FAXAVORI?! SÃO LINGUAGENS?! MAS ASSIM ENTÃO O QUE É QUE O REU ACHA QUER ACRESCENTAR MAIS E QUE PODE MUDAR O DESFECHO DA LITIGÂNCIA EM APREÇO, SE O DEFENSOR OFICIOSO JÁ TUDO FEZ POR SI E PELA CAUSA PERDIDA?!"
"Meritíssimo, eu apelo à sua clemência, por favor!!! Tem de me amnistiar, porque não vou aguentar tanto processo..."
"TANTO PROCESSO', COMO ASSIM?"
"A pessoa não pode ser julgada duas vezes pelo mesmo crime, não é isso?"
"MEU CARO, NÃO ESTAMOS PROPRIAMENTE NUMA AULA DE JURISPRUDÊNCIA, ESTÁ BEM? ATÉ PORQUE UM LEIGO PRESUMIR, POR MINÚSCULA HIPÓTESE QUE SEJA, DISCUTIR O MÉRITO DO DIREITO COM UM MAGISTRADO… SINCERAMENTE, É O MESMO QUE TERMOS UM CÃO SENTADO À MESA E DE GARFO E FACA E PALITO NOS DENTES. SERIA DE UM ATREVIMENTO GIGANTESCO…"
"Isso já percebi, Meritíssimo, mas, Meritíssimo, eu apelo que reconsidere só, tudo tem a primeira vez, não é isso? Estou a ver que dois processos… é muito..."
"MAS VOCÊ CHAMOU O SEU VIZINHO DE PORCO, SEM NO ENTANTO SUSTENTAR TAL SIMILITUDE. ACUSOU O OFENDIDO DE DESVIAR AS OFERTAS DA IGREJA PARA COMPRAR UMA MOTORIZADA PESSOAL. O OFENDIDO PEDE REPARAÇÃO PELOS DANOS MORAIS AO BOM NOME. NÃO SEI SE SABE, MAS A LEI DEVE SER CUMPRIDA. VOCÊ LHE CHAMOU DE PORCO OU NÃO?"
"É esse o problema, meritíssimo. É que acabo de ser informado que os porcos abriram outro processo contra mim por esta comparação, sentem-se difamados. Assim vou indemnizar quem nesse meio?"

www.angodebates.blogspot.com | Gociante Patissa, Benguela, 22.03.2016 (adaptação)
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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

(arquivo) Diário | Estas palavras assim estão a ser dirigidas à minha pessoa?…

(I)
“Senhor inspector, tem uns cinco minutos? Gostaria de ter uma palavrinha…”
“Claro, senhor pedagógico…”
“Senhor inspector, como apesar de ter o superior de pedagogia fui sempre uma voz pragmática, vou directamente ao ponto…”
“Sim, pode pontuar… Estamos aqui para isso.”
“Pois, você me desculpe, mas… quer dizer… o trabalho já está concluído?”
“Se se refere ao inquérito, sim, está arrumado…”
“Mas há qualquer coisa que não bate certo…”
“Como assim? Usamos as técnicas e métodos todos em vigor no sistema de educação…”
“A questão até não é sistémica…”
“Senhor director pedagógico, não sei se sabe e não pretendo assim, tipo, tecer alguma ameaça, mas o tempo está a contar…”
“Meu caro Inspector, compulsada a papelada, notamos que há fortes indícios de fraude no resultado do inquérito. Senão vejamos. Dispusemos um dossier com irregularidades, certo? Inclusive aquele caso da chave de prova interceptada em flagrante delito em mãos de aluno. Então, assim de repente a evidência desaparece e o professor em causa é ilibado?”
“Não estou a acreditar, ó Jesus! Estas palavras assim estão a ser dirigidas à minha pessoa?…”
“Senhor inspector, onde estão as provas que incriminam o colega que passou para os alunos a chave com as respostas do exame? Então só esteve consigo, agora não aparece?!” 
“Vocês ainda não me conhecem, né? Vão ver só!…”

(II)
“Bom dia, chefe. Quer dizer… Ainda boas entradas, um ano novo recheado…”
“Pronto, já percebi. Vamos encurtar as cortesias, o tempo é dinheiro. Já agora, meu compatriota, lhe desejo o mesmo, à sua família, os seus colaboradores, vizinhos, enfim, entes queridos, as melhores venturas. Que o Poderoso derrame a sua luz para a saúde dos enfermos, o juízo dos presos, o amor ao próximo e que tenhamos uma Angola comprometida com o desenvolvimento e a justiça, custe o que custar. Ah! Mas você ainda é quem mesmo?”
“Eu sou o director pedagógico da Escola da Torre, fui notificado para vir responder ao Excelentíssimo Inspector Geral Provincial…”
“Afinal é você?! Só estamos já a ouvir a vossa fama… conta! O que se passou afinal de contas?”
“Chefe, é assim. Notamos graves indícios de contaminação de evidências, tão graves que chegaram a condicionar a lisura e desfecho no inquérito que solicitamos por fraude.”
“Como assim?”
“Depois do trabalho do inspector, verificamos que haviam desaparecido do dossier evidências estrondosas…”
“ESTRONDOSAS SÃO AS VOSSAS INSUBORDINAÇÕES, PÁ!!! Estrondosas, estrondosas…”
“Não estou a apanhar a ideia, chefe…”
“Você acha que um simples professor de carreira, mesmgo já que é director pedagógico, tem respaldo para inspeccionar um inspector em funções?! Estás bem no teu lugar, filho. Ainda és novo, tens muita vida pela frente. Vais mesmo só estragar o que está bom porquê?…”
“Mas devíamos proceder como perante tão flagrante indício?”
“Quem determina flagrante, ou não, somos nós, amigo! ESTÁ A OUVIR BEM, NÉ?! O que é vosso é deixar o homem fazer o trabalho dele, depois, se for o caso, reportar aqui à chefia o fora da norma para devido tratamento, ok?! Nunca ouviu falar em paradigma ou quê?!”
Gociante Patissa | 03.01.2017 | Aeroporto Internacional da Katombela
http://www.angodebates.blogspot.com/ ehttp://www.ombembwa.blogspot.com/
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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Divagações | Pelas mãos do Quito, uma homenagem da ALCA

Na homenagem que lhe foi prestada pela ALCA (Associação Literária e Cultural de Angola), liderada pelo amigo Efraim Chinguto, a qual o cooptou sem direito à opinião contrária para membro honorário (não sabendo para já o que isso significa em termos mais concretos), Sua excelência eu se deu encontro com a excelência dele o Quito, se quiserem Henrique da Silva Pascoal, na sexta-feira passada. Foi das mãos dele que recebi a "comenda de membro honorário", em representação de um colega nosso nessas coisas de excelencismos - no caso o Administrador Municipal do Lobito (ele que não nos oiça, que de problemas já não tenho poucos hahah). 

O reencontro, mais um por sinal, diferencia-se dos demais pela aura solene e formal (por isso mesmo esquisita) da coisa. Desta vez sua excelência eu não esteve diante do "miúdo dele" o Quito (porque irmão mais novo do Nirvana, o Betinho, também ele meu puto, já que para todos os efeitos também nasceu depois de mim - eles que provem o contrário se podem - não obstante terem-se adiantado em outros compromissos sociais e coisa e tal, né?). 

Hoje economista, docente universitário e quadro sénior da edilidade do Lobito, conheci o rapaz por volta de 1998, na sequência da hospitalidade do seu kota Alberto (o soldador Betinho Nirvana, da cultura rock n' roll e meu colega na altura no estaleiro da Sonamet), o que me permitiu frequentar (muito bem acolhido) o lar da família da Silva Pascoal, erguido por dois professores. Foi também o ano em que fui morar no 28 (Zona Comercial) com a finalidade de fazer o curso de informática no período da noite, quando operar o computador era uma profissão, como aliás estampa o meu o meu passaporte. E vou seguindo com satisfação os passos e realizações de ambos, não obstante a distância que é o mais imediato sinal de maturidade no meio urbano. 

Quanto à homenagem propriamente dita, desta feita pelo acompanhamento e conselhos prestados na condição de escritor ao colectivo e outros fazedores de artes e letras por Benguela, é sempre com alguma ambivalência que vivo tais momentos, dada a aversão que nutro por gestos de auto-consumo. Ainda era só isso. Obrigado.
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[áudio]: Académicos Gociante Patissa e Lubuatu discutem Literatura Oral na Rádio Cultura Angola 2022

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Vídeo | Gociante Patissa fala Umbundu no final da entrevista à TV Zimbo programa Fair Play 2014

Vídeo | Entrevista no programa Hora Quente, TPA2, com o escritor Gociante Patissa

Vídeo | Lançamento do livro A ÚLTIMA OUVINTE,2010

Vídeo | Gociante Patissa entrevistado pela TPA sobre Consulado do Vazio, 2009

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