"Amor, posso fazer uma crítica ou
um pequeno reparo? Quer dizer, não é bem reparo. Se calhar é uma observação. Ou
seja, talvez até não chegue a ser uma observação, é mais ou menos uma nota.
Diria mais uma espécie de ponto de vista, um parecer..."
"Pára de dar voltas, homem! Qual é
o assunto?"
"Sabes que eu mesmo... o amor é
aquele, né?..."
"Já estás há dois dias a patinar
nesta rotunda, desculpa-me o exagero, mor... Queres dizer o quê, que a relação
termina aqui?"
"Claro que não!!! Hoko!"
"Então esta tal crítica, que não é
bem crítica, ou o reparo, que não é reparo, ou a nota ou moeda, sei lá, é sobre
o quê mais afinal de contas?! Até já estou a bocejar. Que sono!"
"Amor, estamos a namorar há já
quatro meses, pelo que, ah!... e já é tempo de me apresentar aos teus pais,
sabes?..."
"Hum! Ó coiso! Isso tudo assim é
legalizar a vontade me ver dormir todas as noites no teu quarto? Assim, quatro
meses de namoro, te apresento na minha mãe. Amanhã te dá na cabeça me trocar
por outra. Pouco tempo depois vou apresentar outro homem, ah ‘porque, mãe, aquele já não é, o dono das pastas agora é esse'. O quê que ela vai
pensar?!"
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Patissa. Katombela, 24.08.2016
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