O porta-voz da polícia, Pinto Caimbambo, destacou, durante o balanço das ocorrências criminais do fim-de-semana à rádio Benguela esta manhã, o caso de um compatriota do Lobito que apanhou "em flagrante delícia" (como diria o escritor Canhanga) a esposa (49 anos) com um jovem (29 anos) e não fez outra coisa senão matar ambos com, segundo disse o oficial, um instrumento contundente. Mas eu me pergunto: assim já, matando, achas que os separaste?! Se aqui (com essas crises financeiras todas, paludismo é paludismo, fofoqueiros é fofoqueiros, ainda assim) o romance às escondidas foi fulgurante, imagina lá no paraíso... É uma felicidade que nunca mais acaba, até porque, se justiça houver, todos os eventuais pecados do finado "casal" ficam endossados ao assassino. Agora mesmo é que piorou, oh compatriota corno celestial. Não façam isso, meus irmãos! É sempre mais honrado um corno em casa do que este definhando na cadeia, não? Sem contar que vai ser mais uma boca passiva e improdutiva que terá de ser alimentada com verbas do orçamento geral do estado, dos contribuintes, de todos nós que até não somos apologistas da violência, seja de que natureza for. Não fica socialmente mais confortável ser-se a vítima do que passarmos por carrasco? Ainda era só isso. Obrigado. Gabinete de sua excelência eu, muito furiosamente.
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