As palavras apenas falarão
Quando o sol deixar de nos sorrir
E na loucura da feia morte
As pétalas não testemunharem
A nossa primeira sorte
Virmos com os nossos próprios olhos
Os deuses, o destino, a natureza
Chumbarem a nossa união
Num profundo, seco e tenebroso não
Sentirmos tresloucadamente
A furiosa fúria da inveja
Fria feita fresca
Nos lábios rochosos, negados
Sentirmos, claramente, o fogo vivo
De todo ódio a transpirar, a reclamar
Com toda sua verdade e ira
A imortalidade de nossas vidas
Enfim (...)
Tudo, tudo viver uma escuridão
Não houver mais chão
Nem sequer buscarmos do horizonte:
O espaço, as memórias, o amor
Manuel Mulula
SOBRE O AUTOR
Manuel Francisco Mulula nasceu na comuna
de Luremo-Cuango, província da Lunda-Norte, Abril de 1992. Vive no Lobito,
província de Benguela, desde os seus sete anos de idade. É estudante do 3° ano
no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED-Benguela) da Universidade
Katyavala Bwila, na especialidade de Ensino da Língua Portuguesa.
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Brilhante, grande poema, meu mestre Mulula.
Grande poeta, Manuel Mulula, um poema merecedor de vénia.
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