“Eu tenho uma tese e uma conduta como escritor. Eu defendo que o
escritor deve ter a liberdade de escrever sobre tudo o que quiser e
da maneira que entender. Não sou fundamentalista, nem num sentido nem noutro. Portanto
eu não entendo porque é que muitas pessoas têem preconceitos, porque são preconceitos
mesmo, em relação à poesia social e à poesia política. Do mesmo modo que não
entendo porque é que outras pessoas têem preconceito em relação à poesia mais
experimental, mais formalista, às correntes mais ou menos herméticas. A QUESTÃO
QUE SE PÕE É SE OS ESTILOS SÃO LITERARIAMENTE BEM CONSEGUIDOS OU NÃO. De resto,
o autor, consoante a sua maneira de ver as coisas, o seu estilo de vida, a sua
opção, a sua sensibilidade, o seu estado de espírito, de acordo com a
conjuntura em que vive, pode num dado momento escrever textos de um tipo e
textos de outro tipo.”
(João Melo, escritor, jornalista, docente e político angolano. In "Pessoas Com Quem Falar", 2006, p. 149. União dos Escritores Angolanos)
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