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NOTA DA EDITORA
"Ao mergulharmos no universo de Almas de Porcelana, temos
que nos desamarrar daquilo que guardamos do significado de “fragilidade”.
Agarrado à imagem da porcelana, Patissa sabe construir a beleza daquilo que um dia
foi apenas mero barro, mas graças ao calor da poesia e ao talento do poeta
transfigura-se em algo de inestimável valor. Sua fragilidade reside na
apreciação pacífica que emana de seus poemas sensíveis, preciosos; há neles
belas filigranas de esperança, como num delicado conjunto de fina porcelana, em
cujas peças brilha um arremate de debruns nostálgicos. No vigor destes poemas,
evidencia-se a demonstração de como se processa a força nos indivíduos,
herdeiros de passados árduos, roubados e massacrados (ou, no mínimo,
ignorados). Indivíduos que, através da própria resiliência, transformam sua
vida em arte. De alto nível. As terras verde-amarelas, tão fatigadas com
histórias estereotipadas sobre nossos irmãos africanos, não poderiam mais
esperar para apreciar as importantes – e inevitáveis – palavras de Patissa,
poeta com quem comungamos os Cantos da África e a Língua de Camões."
(orelha do livro)
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