“Devo
comunicar-lhe que do seu livro FÁTUSSENGÓLA, O HOMEM DO RÁDIO QUE ESPALHAVA
DÚVIDAS, foram vendidos 441 exemplares”, escreveu-me anteontem o distribuidor,
reportando-se ao período de Fevereiro de 2015 a Fevereiro de 2016. Julgo que
três factores terão determinado o que no mercado angolano representa um
retumbante indicador de vendas: (a) O preço de capa barato, que é de quinhentos
Kwanzas; (b) A divulgação do livro com breve sinopse
através de spots esporádicos na TPA2 desde Novembro de 2014, altura do
lançamento; (c) Uma estratégia funcional (podia ser melhor) de distribuição
(que envolve as livrarias do grupo Texto Editores e a rede de mercados KERO).
Pois, como é bem sabido, o grande calcanhar de Aquiles da literatura feita em
Angola (mais do que na alegada fraca procura ou pobres hábitos de leitura)
reside exactamente na ausência da figura do distribuidor, com os livros
geralmente a ganharem bolor encaixotados na editora, sem falar da moda que é a
tiragem não passar de mil exemplares por título, tão desproporcional para um
país com 18 províncias e mais de 20 milhões de habitantes.
Este
meu segundo livro de contos faz parte de 11 obras inéditas selecionadas por
candidatura à Bolsa Ler Angola, colecção designada «Novos Autores», do programa
«Ler Angola», levado a cabo pelo GRECIMA (Gabinete de Revitalização e Execução
da Comunicação Institucional e Marketing da Administração), que também reedita
obras mais antigas na colecção «11 Clássicos».
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