"No meu entender, acho que Angola já não consegue inventar nada para a
sua salvaguarda, ou porque perdeu as fontes de inspiração para poder avaliar
pelos seus próprios meios as suas criações, ou porque aderiu ao mimetismo
cultural e ideológico sem se questionar se esta via seria ou não a melhor para
a sua reconstrução ou para investir em recursos humanos.
Porque, hoje, o nosso modelo vem com toda a intensidade do Brasil e
Cuba, servindo-nos das duas experiências que acredito possam ser valiosas para
enriquecer e serem aplicadas na nossa cultura. Ontem, o modelo estava expressamente
em cuba e na antiga URSS, sem tirarmos proveito das nossas próprias vivências,
pelo menos a dos quinhentos anos de convivência com o ocidente e o seu
cristianismo, mesmo que essa experiência foi dramática. Mas, pelo menos, essa lição
que durou quase quinhentos anos deveria servir de base de experiência para
melhor escolher o que nos identifica como seres pensantes."
Dya Kasembe, in «Reflexão Filosófica Sobre a Estupidez Codificada», 1ª
edição. 2011. Luanda. Mayamba Editora.
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