Alguém se lembra de como
eram os exames escolares no tempo do "mono" (ou partido único)? Na
quarta classe, 1988, recordo que houve troca de escolas, caminhando uns 5
quilómetros aproximadamente, da escola Rei Mandume, bairro Santa Cruz, para a
Mutu-ya-Kevela, no bairro da luz, ambas no Lobito. Já na quinta classe, 1989-90,
na escola Dangereux, hoje devolvida à Missão Católica, no bairro do Kaputu,
Catumbela, os enunciados eram
trazidos por militares da Segurança do Estado, devidamente armados. Era o
posicionamento objectivo, há quem o considere (no actual contexto do
"stéreo", entenda-se democracia) talvez excessivo, contra a fraude. Os
tempos hoje são outros e, volta e meia, cruzamos com estudantes que lamentam o
quase obsceno comércio de notas por parte de alguns professores, entre
angolanos e cooperantes estrangeiros, quer para passar de classe, quer para o
trabalho da tese de fim de curso. Ministério da Educação ou do Ensino?
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