Falando no
segundo dia de trabalho do Conselho Consultivo Alargado do Ministério da
Cultura, que terminou quarta-feira na cidade de Benguela, José Pedro
acrescentou que uma resolução do Conselho de Ministros aprova os alfabetos e
regras de transcrição do Kimbundo, Umbundo, Kikongo, Chokwé, Oshikwanhama e
Bunda.
O director do Instituto Nacional de Línguas Nacionais revelou que um outro estudo recomenda o reconhecimento de alfabetos e respectiva transcrição do Nganguela, Herero e Koisan. “Os estudos destas línguas estão concluídos e aguardam pela aprovação dos seus alfabetos”, anunciou José Pedro.
Relativamente ao mapa linguístico de Angola, o director do Instituto Nacional de Línguas Nacionais refere que os utilizadores dos grupos Koisan, pré-bantu e bantu, consideram as respectivas línguas igualmente como línguas nacionais.
A inserção das
línguas nacionais no sistema de ensino depara-se com diversos entraves, uma vez
que os seus utilizadores consideram as variantes igualmente línguas nacionais.
Como experiência piloto da inserção das línguas nacionais no sistema de ensino,
o Instituto começa sempre pela variante padrão, enquanto realiza estudos sobre
as outras variantes.
Harmonização gráfica
Segundo José Pedro, o trabalho de harmonização da grafia das línguas conta com o apoio do Centro de Estudos Avançados de Cape Town, da África do Sul, que colocou à disposição do Instituto Nacional de Línguas Nacionais, investigadores da Zâmbia e Namíbia. A instituição produziu recentemente alguns trabalhos sobre léxicos de base, temáticos e gramáticas técnicas. Os trabalhos contam com o apoio da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto e de especialistas de países como a República Democrática do Congo, Zâmbia, Congo-Brazaville e Namíbia.
A investigação
científica nos domínios da Cultura, formação, ensino, fomento das artes e
diplomacia cultural, foram os temas em análise no segundo dia de trabalhos do
Conselho Consultivo Alargado do Ministério da Cultura.
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