quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Obituário | Tomei conhecimento do falecimento de Jacinto Faustino "Lito", da APDC, ONG que serviu de referência para criar a AJS

Jacinto Faustino (foto FB)
Recebi um telefonema a informar que Jacinto Ngundila Faustino "Lito" faleceu anteontem e que vai a enterrar esta tarde. Lá estaremos para o último adeus. Sobre o Lito e a importância na história AJS (Associação Juvenil para a Solidariedade), retomo trechos de um artigo recente meu:

«Em finais de 1998, espalha-se pelo bairro do São João e arredores a fama da APDC (Associação de Promoção do Desenvolvimento Comunitário), liderada por Jacinto Faustino “Lito”. A par das noites dançantes, levavam a cabo campanha de construção de latrinas “melhoradas”, por via da distribuição de lajes, com o apoio da Save The Children UK, representada pelo (belga) Jean. Na segunda quinzena de Dezembro do ano de 1999, aproximamo-nos ao Lito (colega na Sonamet) para obter pistas de como constituir uma ONG e este deu-nos também a Lei das Associações.

Determinado, Daniel Gociante Patissa convence o seu amigo Edmundo da Costa Francisco, que conhecera na escola do 3.º nível dos Bambús da Catumbela por volta de 1995, onde este último se destacava pelo nível de inteligência e índole calma. Incluem a Flora Domingas da Costa Francisco “Mirita”, uma dinâmica escuteira e poço de simpatias. O último a entrar é Simão Marques, um motivador carismático ligado à igreja Católica no Bairro da Santa Cruz.

Na tentativa de legalizar a AJS, fazendo-se acompanhar de um manifesto/estatutos de quatro páginas, digitalizado pela senhora Helena da Costa, mãe de Edmundo e Mirita, somos “rechaçados” pelo oficial do Cartório Notarial do Lobito (Sr. Abraão), que por sua vez recomenda uma leitura melhor da Lei das Associações. Sugeriu "imitar", ali mesmo, os estatutos da ANABOC (Associação dos Naturais e Amigos do Bocoio) que, curiosamente, nunca saiu do papel.

Mobilizam-se três novos membros, a Arminda Kanjala Gociante Patissa, o Amós Chitungo Gociante Patissa e o Amândio Serviço, optando pelo valor mínimo na exigência de sete a 14 assinaturas. Postos no Notário, mais um chumbo. Tivemos de acrescer mais sete assinantes. Assim entram os irmãos Malaquias Catanha Fernando e João Jorge Fernando, o César Menha (colegas de escola de Edmundo no Puniv), bem como o Jaime Caliongo, o Avelino Kambomba, o Henrique Chissapa Januário, o “Chimangá” e a Delfina Kandolo.»

in Curiosidades e memórias da AJS (16) | NO PERÍODO “ROMÂNTICO” DO ASSOCIATIVISMO, AS CONTAS DA AJS NUNCA BATIAM CERTO
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