As mais diversas reacções à
entrevista colectiva que o presidente da República concedeu ontem no jardim do
palácio, em Luanda, remetem-me a uma triste noção de um problema que temos como
sociedade: o preciosismo. De repente, queriam todos os observadores que tudo
corresse dentro de um perfeccionismo (por acaso, sem indicadores). E fica
realmente difícil imaginar como tal fenómeno sairia com êxito se tivermos mais
de 15 perspectivas. Porque não olhar para o evento como
uma nova aprendizagem para todas as partes e como tal semente lançada para
fazer das colectivas com o presidente uma experiência a se consolidar? Aos
jornalistas, por exemplo, não foi dada a oportunidade de rebater eventuais
zonas cinzentas nas respostas do PR. Este, por sua vez, nunca em sua vida foi
alvo de uma só vez de mais de cem "inquiridores". Daqui a pouco ainda
surge alguém a nos convencer de que o PR cometeu um crime de lesa-pátria ao
abrir-se a tantos jornalistas, pelo que deverá cancelar tais iniciativas. Desta
vez sua excelência eu prefere inventariar no seu cantinho os factores que
influenciaram a realização da conferência de imprensa, pelo que reparte os
elogios em proporções equitativas a todas as partes envolvidas: aos
jornalistas, aos serviços de apoio ao PR, a JLo, até mesmo aos pavões que reforçaram
o cenário com o toque de ecologia. Juízo de valores fica para depois da segunda
experiência, altura em que já teremos referência de comparação. Ainda era só
isso. Obrigado
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Gociante Patissa | Benguela, 09 Janeiro 2018
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