Ainda não tive tempo de digerir, para daí qualificar, a reacção que me envolve em relação à história do meu livro mais recente, que nasceu sem contar com isso. Fui contactado no início do ano por um editor, Tonho França (até então desconhecido), em nome de uma editora brasileira, Penalux, (também ela desconhecida), a pedir que lhes mandasse material literário para avaliação e possível publicação por conta daqueles. Tinham interesse em conhecer outras vozes mais da literatura angolana. Reuni então um compilado dos meus livros "Consulado do Vazio" (escrito entre 1996-2008 e com que me estreei localmente em Benguela) e "Guardanapo de Papel (publicado em 2014 pela Editora NósSomos, de Luandino Vieira em Portugal), bem como textos dispersos em antologias, para além de quatro poemas inéditos. Pouco meses depois, a editora co-dirigida por Wilson Gorj colocava no mercado de São Paulo o livro, cuja alma era resumida no texto de Letícia Monteiro, que aparece na orelha do livro. Ontem mesmo saiu uma resenha no site «Homo Literatus», pelo punho da escritora Vivian de Moraes (de quem me tornei amigo virtual). Eu sei que para quem se inicia no árduo labor literário, alcançar o reconhecimento, por muito que alguns artistas tentem minimizar o seu valor simbólico, é dos principais combustíveis. Ter sido editado e elogiado por um Luandino é uma recompensa enorme ao meu nível, sem falar do facto de ter merecido por duas vezes o convite e inclusão na revista literária semestral "Di Versos - Poesia e Tradução", de José Marques, em Portugal, mas não me posso iludir. Sei que a nível interno, olhando para as reacções de académicos e vozes com autoridade, a minha produção poética ainda não suscitou uma única resenha, ensaio ou algo assim, o que deve reflectir, quiçá, estar atrás do grande salto. O que vem a seguir não sei. Por agora resta agradecer a todos e a cada um pela aposta, pelas sugestões e pelas críticas. Decidi e mantenho a ideia do planeamento familiar no que ao parto de livros respeita, depois de chegar a sete desde 2008. "Nós aqui só temos um lema: o nosso trabalho é trabalhar!" Gociante Patissa
sábado, 28 de maio de 2016
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» "ALMAS DE PORCELANA" NA IMPRENSA BRASILEIRA | A primeira resenha crítica à minha poesia vem de fora
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