Íamos a entrar no carro quando nos apercebemos de
uma discussão, era uma moça já ajeitada de copos a discutir com um moço também
já ajeitadinho, estavam mesmo ao lado de uns kupapatas. Ela porque me chamaste
aquele nome feio. E ele porque queres o quê? Vou-te dar. Aparece um amigo dele
que tenta apaziguar. O rapaz ajeitadinho cresce, é homem. Vou-te dar, e sai um
estalo na rapariga. Atrás dele pára um carro da Polícia. E o ajeitadinho ao
amigo apaziguador que queria explicar as coisas: “me deixa ir só, já paguei a
mota. Deixa-me ir, olha a minha imagem. E depois, “senhor polícia me leva só,
olha a minha imagem, por favor”. A ele passou a bebedeira, a ela subiram as
razões. Entramos no carro, andamos o Huambo… nem alma viva, aqui apagam as
luzes quando dormem, e o frio lá fora. (In Jornal O
País, 19/01/2016. Luanda. Texto completo disponível na
Internet)
sábado, 23 de janeiro de 2016
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» Trecho da crónica de José Kaliengue | SENHOR POLÍCIA ME LEVA SÓ
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