Depois de várias voltas pelas lojas de
principal referência na cidade do Lobito e outras por Benguela, sem sorte, à
procura de um desses coletes clássicos de repórter, acabei visitando ontem uma
loja benguelense de materiais de construção. Os coletes dão mesmo muito jeito
em actividades de campo, já que podemos carregar nos bolsos o material de
trabalho (gravadores, lentes/objectivas, blocos de apontamentos, etc.),
dispensando
bolsas. O meu primeiro colete, cinzento, tinha-o adquirido no balão de roupa
usada da praça da Kaponte. O segundo, verde, era parte do uniforme de uma
delegação governamental ao Brasil. O desgaste natural do tecido atirou-os para
o museu afectivo. Posto na loja, finalmente encontrei o que queria a preço
razoável. Comprei dois, sempre a pensar no suplente. Infelizmente, já em casa,
notei que o colete castanho claro, o meu preferido, era demasiado largo (XL),
só o caqui ficava bem (L). Hoje voltei à loja para trocar por outro de tamanho
adequado, mas daquela cor já não havia. Assim, não me interessando dois coletes
iguais, pedi devolução, antevendo já uma daquelas resistências a mwangolê dos
longos anos do "não aceitamos devoluções" estampado na factura. Mas,
não. O pessoal foi impecável e, em pouco menos de dez minutos, deixei a loja
satisfeito. É um exemplo que serve de referência para aferir o impacto de
instituições e leis de defesa do consumidor, bem como a maturidade social
progressiva no exercício da cidadania. Assim, sim, senhor comerciante!
Gociante Patissa, Benguela, 28.01.16 www.angodebates.blogspot.com
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