sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Curiosidades e memórias da AJS (8) | APRENDER-FAZENDO É CHAVE DA AJS NA PROMOÇÃO DO ACESSO À INFORMAÇÃO (*)

Uma breve viagem no tempo leva-nos até Dezembro de 2003, um ano após o fim do conflito armado que durou três décadas. Dia 17, uma quarta-feira algo agitada, e não era para menos. Às 17h00 ia ao ar a edição inaugural do programa Palmas da Paz, a primeira aventura da AJS, através da Rádio Morena, na modalidade de espaço de antena. Contou-se com o financiamento da USAID, através do OTI/CREA.

Excepto o Eduardo Chingole, recrutado especificamente para a produção, os demais eram membros da AJS, que mais não tinham além do inconformismo cidadão e cursos intensivos, portanto nenhuma estrela do jornalismo. Pacificação, cidadania e prevenção de conflitos era a temática. O projecto, em prol da reconciliação, teve igualmente debates e workshops no Lobito, Benguela e Baia Farta.

Em Junho de 2004, tivemos um interregno forçado pelo ciclo do projecto, porque o fim de missão (algo eivada da má gestão) da agência doadora em Angola condicionou a garantia de custear o espaço de antena. Não faltaram no entanto especulações que interpretaram a paragem como fruto do medo ou bloqueio, dado o nível de “aquecimento” de certos debates sobre assuntos sensíveis politica e socialmente. Segundo ditado chinês, “só se atiram pedras a árvores que dão frutos”. Tudo indica que foi o caso.

Em 2006, a AJS adoptou o Boletim Informativo, Educativo e Cultural A Voz do Olho, inicialmente criado por três jovens (dois membros e um amigo) da Organização. Ressurgia também o espaço de debate radiofónico, rebaptizado como “Viver para Vencer”, um pouco por influência do projecto Viver contra a SIDA. O Boletim e o espaço de rádio respondiam ao compromisso da AJS em promover o acesso à informação através do uso dos mass media, enquanto veículos alternativos e gratuitos pela cidadania, saúde pública e cultura.

Seriamos outra vez “tramados” pelo fim do projecto, isso em 2007. Em 2008 nasceu a parceria com a ONG espanhola Médicos do Mundo, que, reconhecendo a relevância da iniciativa, assumiu as despesas com o espaço de antena, um ano depois, sendo que os recursos humanos labutam a título voluntário. Mesma sorte teve o Boletim, embora por enquanto só possa sair à rua de dois em dois meses.

In Boletim “A Voz do Olho” (AV-O), Ano 5, nº 2—  Junho, Julho e Agosto de 2010
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