Os membros regozijaram-se com o notório crescimento da Organização,
traduzido pela identificação e implementação harmoniosa de três projectos,
“Palmas da Paz”, “Viver Contra a Sida”, desenvolvidos nos três municípios do
litoral da província de Benguela, e o Projecto “Pesquisa sobre os factores que
influenciam a qualidade do ensino primário”, realizado no município do
Caimbambo.
No passado dia 30/12, realizou-se a Assembleia-geral de membros da
Associação Juvenil para a Solidariedade (AJS), que teve lugar na sua sede
social, ao bairro da Santa-cruz, cidade do Lobito. Participaram dez dos 15
membros que a compõem, e apesar da ansiedade já que a última assembleia
aconteceu em finais de 2005, o ambiente foi, como sempre, marcado pela
cordialidade e metodologia informal. Entre o essencial da agenda, constou a
análise dos relatórios narrativo e financeiro do período 2006/7, do inventário do
património da Organização, e a proposta de inclusão de novos membros, e, ainda,
a constituição dos Órgãos Sociais.
A AJS, que já se tornou “obra da sociedade”, é uma iniciativa
voluntária e apartidária da responsabilidade de um punhado de jovens humildes e
com vontade de aprender, divididos em três galhos: A Coordenação Executiva, que
frequenta com regularidade a sua sede social, a Assembleia-geral, formada por
membros com pouca disponibilidade de tempo, e, ainda, por voluntários, jovens
que participam de actividades e frequentam a casa sem remuneração nem vínculo
como membro.
Os membros regozijaram-se com o notório crescimento da
organização, traduzido pela identificação e implementação harmoniosa de três
projectos contabilizados em cerca de USD 200 mil, nomeadamente, “Palmas da
Paz”, “Viver Contra a Sida”, desenvolvidos nos três municípios do litoral da
província de Benguela, e o Projecto “Pesquisa para o ensino primário em
Benguela”, este último implementado em parceria com a ONG angolana Okutiuka-Apav,
no município do Caimbambo. Mereceu igual atenção uma lista considerável de
eventos e programas, sob iniciativa de parceiros governamentais e da sociedade
civil, em que a AJS esteve envolvida, tais como feiras, conferências, encontros
de coordenação e planificação conjunta, para só citar alguns. Um outro símbolo
de crescimento registado reside no facto de instituições nacionais e
internacionais recrutarem quadros da AJS para prestação de serviços como
seminários, pesquisas e reforço de capacidades.
Os membros destacaram, entre os principais motivos de satisfação,
o Boletim informativo mensal “A Voz do Olho” e o programa radiofónico “Viver
para Vencer”, cuja aceitação por parte da sociedade é cada vez maior,
revelando-se os mil exemplares, no caso do Boletim, insuficientes para
satisfazer a demanda. Entretanto, erros ortográficos e, nalguns casos até de
sentido, mereceram a reflexão da Assembleia. Da Equipa editora, também
constituída por membros da AJS, ficou o compromisso de se prestar maior
atenção, embora tal se deva em grande medida à pressão constante causada pelas
sucessivas avarias da máquina reprodutora e a necessidade de se contornarem
eventuais atrasos.
Lamentou-se, contudo, a exiguidade do tempo, que impediu a
cobertura integral da agenda. Por outro lado, dificuldades vividas pelo
secretariado condicionaram a disponibilização atempada dos documentos
necessários para a Assembleia, não tendo sido possível em certos aspectos uma
discussão mais profunda. Face a isso, os membros recomendaram a realização de
uma assembleia-geral extraordinária ainda no próximo mês de Janeiro.
Como já o escrevemos numa das edições, fundar uma associação ou
Organização Não Governamental, como queiram, é fácil; basta para isso guiar-se
na Lei das Associações vigente em Angola. Agora, manter a ascensão de uma
associação juvenil ao cabo de oitos anos a fio, no contexto de desenvolvimento,
isso sim é uma obra. Ou então que nos desminta a história, que viu falecer
inúmeras associações surgidas como parceiras do Programa Alimentar Mundial
(PAM) na fase de emergência.
Desde a sua fundação, em 1999, a AJS vê nas parcerias a alma do
seu crescimento, quer a dar, quer a receber. Em termos de projectos
financiados, contabilizam-se cinco, estando entre os doadores a OXfam-GB, a
Usaid, a Embaixada Americana, o Programa das nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) e a Education Action International (EAI) com sede na
Grã-Bretanha. Não estão aqui descritas pequenas acções enquadradas em redes e
consórcios de que a AJS tem sido co-implementadora.
Independentemente dos financiamentos directos e indirectos, é
prática elaborar programas com os parcos recursos próprios, como foi o caso do
“Viver Contra a Sida”, delineado em 2001, quando participávamos de excursões de
jovens para palestrar e distribuir material informativo sobre Infecções de
Transmissão Sexual e não só. O Boletim “A Voz do Olho” é outra iniciativa de
pessoas próximas da AJS, o que reforça a convicção de que os
financiamentos e os apoios são bons, mas não paramos de pensar quando não existem.
In Boletim “A Voz do
Olho” (AV-O), Ano 1, Edição N.º 11, Dezembro de 2007
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