César Menha |
BD (Bungo Dumbo): Dizer que a Assembleia não deu abertura para uma conversa
franca e aberta estaria a mentir, porque ali falou-se de tudo um pouco. E, pese
embora, termos deixado alguns pontos para o próximo encontro, acredito que foi
frutífero o debatido.
AV-O: Teve de se deslocar à província do Huambo por questões de formação,
o que o obriga a estar um pouco distante da organização e das suas actividades.
Como se sentiu ao reencontrar os colegas?
BD: Sinceramente a emoção é tanta, porque há muito tempo que não
participo de um encontro como este, com os meus colegas e amigos associados
nesta nossa organização. E sempre que lá estivesse, sentia sempre a saudade
deste reencontro, tanto mais que tenho um convite para comemorar o reveillon
com os meus amigos no Bocoio, e tive de sair de lá directamente para esta
Assembleia.
AV-O: O que espera
para 2008?
Espero que tudo corra bem para as pessoas que dão o seu desempenho por
“amor à camisola”, não só os membros como também os activistas, como nos é
característico.
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João Fernando “John”
AV-O: Acha que valeu a pena a realização da Assembleia?
“John”: Sim, valeu, visto que abordamos aspectos que têm a ver com a
Organização, aspectos esses que eu posso admitir que desconhecia. Em suma, foi
bom.
AV-O: Quais foram os aspectos que julga necessitarem maior atenção, por
exemplo, já no próximo ano?
“John”: Bem, é tentar rever o regulamento em si, visto que é um dos
aspectos que ficaram reagendados para o próximo encontro e olhar mais por
dentro a Organização.
AV-O: Como se sentiu no reencontro com os membros?
“John”: Senti-me muito bem. De facto, foi um grande encontro.
AV-O: O que espera
para 2008?
“John”: Espero mais trabalho, que apareçam mais doadores, mais projectos,
que a AJS cresça ainda mais.
AV-O: Em 1999 foi convidado a se juntar à constituição da AJS. Se lhe
convidassem hoje a integrar outra Associação, qual seria a resposta?
“John”: (Risos) Não sei. Sinceramente, não sei…
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César Menha (CM), membro, responsável pela Administração e gestão dos
fundos da AJS
AV-O: Que avaliação faz desta Assembleia?
CM: Faço um balanço positivo e para mim valeu porque daí poderão sair
outras ferramentas para os próximos encontros, onde sairão alicerces para a
nova AJS e para o progresso.
AV-O: Para o período 2007 quais foram as questões positivas e que
preocupações gostaria de ver resolvidas nos próximos anos?
CM: Questões positivas foram, por exemplo, o contacto com as comunidades,
o trabalho com as escolas e parceiros. Para o próximo ano, gostaria de não
pararmos no contacto com os parceiros, as escolas, com a comunidade e mobilizar
os membros para a sua participação nas acções da Organização.
AV-O: Se lhe voltassem a convidar hoje para integrar outra Associação a
nascer, qual seria a sua resposta?
(Pausa) Acho que podia, por um lado, analisar que fim teria essa
Organização e, por outro, aceitar. Porque qualquer Organização, desde que seja
para o bem da sociedade, é sempre bem-vinda.
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Na Assembleia de 2005, o membro Edmundo Francisco (EF) foi elevado à
responsabilidade de Coordenador Executivo da AJS.
AV-O: Como se tem sentido de lá para cá?
EF: Bem, por causa da colaboração que existe entre os membros e também
são pessoas amigas, mas também muito apertado por causa da minha agenda
pessoal. Mas tem sido possível levar a Organização, digamos, a bom porto.
AV-O: O que dizem os estatutos sobre a periodicidade dos encontros?
EF: Deviam acontecer pelo menos uma vez por ano, ordinariamente. E,
extraordinariamente, sempre que necessário. (O interregno registado) é uma
fraqueza interna de planificação e de organização de condições, nossa. Nós assumimos.
AV-O: Qual é o estado de saúde da Organização?
EF: Está a crescer e muito bem. Por exemplo, os dois últimos anos foram
de muitas acções, de projectos que tiveram um impacto público muito grande, reforçaram a
capacidade de intervenção, principalmente nas áreas de comunicação social,
educação para saúde preventiva e cidadania. Também fizemos muitas mudanças
internas, em termos de administração e gestão interna, bem como na articulação
do pessoal recrutado, apesar de os outros membros terem pouco tempo disponível
na sua agenda pessoal.
AV-O: A Assembleia correspondeu à expectativa?
EF: Maioritariamente, sim. Inicialmente fizemos uma agenda muito
ambiciosa, com muitos pontos e tivemos que priorizar. Ficamos com a
apresentação das contas, quer das actividades desenvolvidas desde Setembro de
2005 até finais de 2007, quanto ao dinheiro correspondente aos fundos livres e
aos projectos financiados.
AV-O: Qual é o ambiente lá dentro?
EF: Eu sinto que, depois de quase três anos, as pessoas
continuam a ter o mesmo espírito de abertura e participação, frontalidade e
amizade, seriedade com o trabalho. Quando as pessoas falam, a Organização
cresce. Estamos a falar de um grupo, de um movimento de pessoas que envolve
interesses principalmente dos cidadãos.
In Boletim “A Voz do Olho” (AV-O), Ano 1, Edição N.º 11, Dezembro de 2007
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