Prepara trabalho de defesa da sua licenciatura no curso de ciências da computação. É determinado e bom a comunicar. Ultimamente procura dar-se a conhecer ao público através dos seus dotes de compositor,
vocalista e executante. É de Tomás Gomes que falamos, um jovem bastante
versátil, residente na sede do município da Catumbela. A reportagem do Blog
Angola, Debates & Ideias (Angodebates) www.angodebates.blogspot.com teve
o privilégio de o ver cantar ao vivo num dos programas de fim-de-semana na
Rádio Morena Comercial, na cidade de Benguela, e aproveitou o ensejo para travar uma agradável conversa.
Blog Angola, Debates
& Ideias (Angodebates): É a primeira vez quem vem ao programa?
Tomás Gomes (TG): É, é primeira vez sim.
Angodebates: O que o
motivou a vir cá participar?
Angodebates: O que é
que normalmente o Tomás Canta?
TG: Eu canto quase tudo.
Praticamente tudo. Eu sou um artista que não gosta de ficar limitado. Faço pop,
rock, jazz, blues, kizomba, semba. Na verdade, para mim, a uniformidade
consiste mais no conteúdo cantado do que no estilo musical.
Angodebates: Há quanto
tempo é que se dedica à arte de cantar?
TG: Já há nove anos, desde 2008.
Angodebates: E que
palcos tem explorado por Benguela ou por outros pontos do país?
TG: Na verdade, eu não tenho
sido até agora uma figura divulgada. Isto é uma coisa que estou a procurar
fazer agora e essa é altura em que realmente eu estou à procura de sair a
público, passar em grandes palcos. Então, no meu histórico existem algumas
actividades, alguns palcos, mas não são os tão desejados até agora.
Angodebates: Dedica-se
a tempo integral à música ou tem outra ocupação?
TG: Não, a tempo integral
não, mas tenho esta perspectiva. Eu sou estudante, técnico superior formado em
ciências da computação e presto serviços em projectos do género para certas
instituições.
Angodebates: O que é
que almeja conquistar com a música?
TG: A ideia é chegar longe.
Eu acho que a música é muito forte, é um instrumento forte que permite
expressar os nossos ideais ou as nossas ideias, não é? Eu pretendo cantar até
sentir que me consegui expressar no todo.
Angodebates: É pelo
acústico ou pelo electrónico? Ou seja, canta ao vivo ou em playback?
TG: Não, eu nunca faço
playback. Canto sempre ao vivo. Com banda ou sozinho, com uma guitarra, e às
vezes acompanhado com um instrumental. Mas a minha voz é sempre natural, sempre
acústica.
Angodebates: Muita gente
começa no espaço da igreja, outra no seio familiar. No seu caso, qual foi o alfobre?
Onde começou?
TG: É igual. Eu cantei,
tive uma carreira muito marcante na igreja como cantor, como compositor,
artista de banda, instrutor. Realmente foi ali onde eu aprendi a trabalhar essa
tal memória musical que tenho hoje.
Angodebates: Que
avaliação faz ou qual é o seu parecer relativamente à tendência daquilo que se
toca na rádio? Representa-nos como povo ou acha que há uma espécie de
favoritismo para uns estilos e nomes do que para outros?
TG: Não. Eu acho que, pelo
contrário, as rádios têem feito um esforço grande, não só quando tocam as
músicas, mas também quando lançam apelos constantes à preservação daquilo que é
nosso. Eu consigo sentir que existe característica nossa naquilo que se
apresenta. E pronto, temos que entender também que o mercado musical é vasto, é
universal, inclusive. É sempre necessário tocar alguma coisa de fora, mas ainda
posso dizer que nós temos a nossa cultura bem preservada.
Angodebates: Obrigado.
Reportagem: Gociante Patissa | Benguela, 02 Julho 2017
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Continue a trabalhar que chegarás onde tanto almejas... 😉
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