Na condição da África do Sul, não acredito que algum país africano cumpriria a ordem do TPI de prender em seu território o presidente sudanês (em funções), al-Bashir, durante uma cimeira de chefes de estado no quadro da União Africana. Pelo que esta condenação, que tem por fim mais uma reprimenda pedagógica no sentido de lembrar os estados signatários quanto ao cumprimento do tratado sobre o tribunal de Haia, há-de ser só isto mesmo, uma censura registada. Se sob o ponto de vista jurídico seria o mais correcto, já por um prisma político uma tal detenção representaria um precedente corrosivo para a própria unidade que se busca nas diplomacias de vária ordem, tendo por base o princípio da soberania dos estados e o limite quanto a imiscuir-se em assuntos de uns e outros. Não nos movendo nestas linhas qualquer intenção de ilibar o presidente sudanês dos crimes de que é acusado, não podemos contudo afastar a hipótese de uma relação de ódio entre os povos do país anfitrião e os do país cujo chefe de estado passaria por vítima de uma "traição" a favor de um tribunal situado na Europa e tido como desprovido de "tomates" para temperar casos que envolvam autoridades ocidentais. Vamos ao debate. Até lá, falando a verdade mesmo, ainda era só isso. Obrigado
www.angodebates.blogspot.com | Gociante Patissa
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