terça-feira, 27 de agosto de 2013

Redacção: O DESCOMPASSO

Nota: os participantes tiveram 20 minutos para escrever uma redação, que podia ser sobre o Lobito ou outro tema a seu critério, visando fazer um levantamento das habilidades antes da exposição ao conteúdo do workshop sobre “Breve Introdução ao Género Crónica”. Publico as redacções que me parecem representar a esperança na continuidade da prosa literária em Benguela, considerando que são jovens que se dedicam (apenas) à poesia. GP

Redacção: O DESCOMPASSO

A minha presença na roda da existência de um circuito que se chama sociedade, quesem que me interessasse nela, fui obrigatoriamente inserido e aceite.

Porém, a obrigação de ser inserido e a facilidade de ser aceite sem julgamento fez com que entrasse no mundo de um compasso, onde a minha presença fez a minha diferença. A diferença de estar presente nesse compasso obrigou-me a ser o contrário daquilo que é normal, comum e equilibrado num universo sem diferenças.

O compasso foi cada vez mais girando numfuso anti-horário das minhas intenções mas perto da minha parede social, enquanto uma unidade de um todo. Por saber que o movimento giratório era inverso do normal, esquerda-direita, apercebi-me que o real seria eu acompanhar o andamento normal da nova ordem giratória do fuso horário, uma vez que a obrigação de estar inserido ganhou o direito de ser aceite sem regras.

Surge então a petulância de ser sequaz, na organização actual dos sentidos avariados, sem a concepção do meu ser e dos sentidos em desordem.

Entretanto, seguir a onda dos movimentos ora adoptados por mim, nesta nova onda de entendimento, fez com que me tornasse um novo ser para uma nova e actual realidade.

Mas qual é a nova e actual realidade? É a nova visão, que aparece no horizonte nos meus pensamentos sem que as tivesse visto antes da minha existência.

É o conflito com o despreocupante. É a guerra contra o bem. É tudo contra o bom de muitos. É o descompasso.

Por Efraim Mariano João Chinguto, Lobito, 24 Agosto 2013
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