Texto: Angop - O escritor angolano Gociante Patissa considerou neste domingo, na cidade do Lobito (Benguela), ser necessário incrementar a troca de experiência entre a nova geração e os mais experimentados sobre a literatura angolana.
Em declarações à Angop, à margem de um encontro sobre o surgimento de novos valores na literatura e da formação artística, o escritor afirmou ser importante a troca de experiência para que haja entrega de testemunho aos novos escritores que têm representado a cultura nacional dentro e fora do país.
“Os mais novos não devem ter complexos em contactar os mais velhos quando querem uma opinião sobre o assunto ou ensinamentos para a interpretação em termos gramaticais”, disse.
Segundo Gociante Patissa, a literatura deve ser salvaguardada pelo valor que representa na história do livro e a política de Angola, razão pela qual os jovens devem saber com propriedade o valor e as origens da cultura.“É preciso que a juventude mostre o seu interesse por este estilo, de forma a preservar este dom de escrever que é um património nacional”, referiu.
O também membro da União dos Escritores Angolanos disse haver bons executores da literatura na província de Benguela, realçando que os mais velhos devem estar disponíveis para oferecer todo o seu saber aos jovens, de modo a aumentar os conhecimentos dos mais novos.
O escritor, que procedeu sábado, em Benguela, ao lançamento da sua terceira obra literária intitulada “Não tem pernas o tempo”, é ainda autor de “Consulado do Vazio (poesia)” - 2008, “A última ouvinte (contos)” - 2010, “Guardanapo de Papel”, um inédito em poesia com edição em curso pela editora Nós Somos, em Lisboa (Portugal).
O autor nasceu no município do Bocoio, província de Benguela, em 1978, e é formado em linguística na especialidade de inglês, na Universidade Katyavala Bwila. É membro efectivo da União dos Escritores Angolanos.
Em 2012, foi distinguido com o Prémio Provincial de Cultura e Artes de Benguela, na categoria de Investigação em Ciências Sociais e Humanas, em reconhecimento pelo contributo na divulgação da tradição oral do grupo etnolinguístico Ovimbundu, por via das novas Tecnologias de Informação e Comunicação.
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