"Veremos andava taciturno, enlutado ainda pela impotência de não ter notícias de Rita, a mulher com quem teve uma daquelas paixões cândidas, da qual não se conseguia libertar, já lá iam quase três décadas. O tempo, que cura tudo, inclusive os pesadelos de uma amputação, é inócuo aos hematomas, na maioria quase intactos, de um amor que findou sem acabar. No que a amar diz respeito, Veremos optou por estatelar-se no seu canto, qual Maomé de costas com a montanha".
(Gociante Patissa, in «Não tem pernas o tempo», pág. 30-31. União dos Escritores Angolanos. 2013. Luanda)
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