Na sua passagem pelo programa Hora Quente da TPA (15/10),
Kialunga Afonso e Fénix Monteiro, representantes de um movimento emergente de
promoção da poesia e declamação intitulado Berço Literário, falaram de suas
realizações, onde consta a publicação de uma antologia que acreditam representar
uma porta de entrada de novos autores para o universo literário. A actividade
do Movimento Berço Literário, que para já gostaria de contar com o amparo de
escritores de referência, consiste na animação aos domingos de um restaurante situado
no Cacuaco, em Luanda, tendo como lema «Dar Um Sonho A Quem Não Sonha».
Já agora, divagando na subjectividade que o lema
encerra, parece um sinal inquietante, quanto ao que colheremos de próximas
gerações de artistas, ter-se chegado ao ponto de alguém sonhar por outrem, pois
vejo o sonho entre as coisas mais íntimas do indivíduo. Como disse certa vez um importante agente cultural, são as nossas utopias que nos guiam. Será
que existimos se não sonhamos?
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