No meu raciocínio
cultural modesto, defendo que é aceitável que uma mulher mumuíla, do sul de
Angola, desfile num palco cultural de seios à amostra, semi-nua como é sua
tradição; mas já não é admissível que um jovem angolano leve para um palco
nacional de cultura, as suas nádegas despidas, ou semi-despidas com boxers
coloridas ou negras, imitando uma moda frívola, que até não acrescenta à
estética, ao conforto do caminhar, e muito menos à dança. Este mau
exemplo nascido do além, é mesmo um acto degradante que deve ser repudiado,
sobretudo quando o «utilizador» lhe dá um uso exagerado como aconteceu em
Malange com a referida dupla [NGA e Dji Tafinha]. Ademais, a moda foi criada
como chamativo, pouco salubre sexualmente falando, não podendo por isso ser
tido como um exercício respeitável a sua imitação. (...) Aliás, tal como o fez
Yannick Afroman, rapper, com sua correcta indumentária, não custa nada exibir a
decência e a estética artística, que seja de bom acolhimento por parte do
público que nos assiste.
– António Venâncio, articulista, in Semanário Angolense, pág. 30.
Luanda, 11 de Outubro de 2014
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