Fiquei na dúvida sobre a moral de uma fábula, ou ao menos do essencial que me foi contado, se a atitude do personagem é para ser vista pela positiva ou pela negativa.
A narrativa é atribuída ao escritor Uanhenga Xitu
(cujo pseudónimo seria a conversão para a língua Kimbundu de um adágio Umbundu, qualquer coisa como “wayenga ositu olonyi vyukwãyi”, ou seja, aquele que prepara a carne é seguido por moscas).
(cujo pseudónimo seria a conversão para a língua Kimbundu de um adágio Umbundu, qualquer coisa como “wayenga ositu olonyi vyukwãyi”, ou seja, aquele que prepara a carne é seguido por moscas).
Havia uma assembleia de animais, com representatividade de todas as espécies. Devia ser grande a despesa, estou mesmo a imaginar, tendo em conta a logística que geralmente caracteriza grandes encontros, muitas vezes, como cantou certa vez um amigo, gastando nos comes e bebes muito mais do que o necessário para resolver o problema analisado. Bom, eu já é que estou a aumentar. O outro contou apenas que o encontro levava umas boas horas de conversa (nunca faltando uns que ressonam, já cientes de que só por milagre lhes seria concedida a palavra). Aí, discussão maus discussão, começa a chover. Chuva mesmo de gotas de um litro, o quase, impondo dispersão.
Cada animal saiu dali a correr para o conforto do seu pequeno mundo, aquilo a que os biólogos chamam de habitat, quase sempre acolhidos por generosas árvores ou arbustos, não esquecendo os das tocas e cavernas. Tudo isso, para escapar da chuva, não molhar. O jacaré também, aliás no mesmo instante que os demais, foi a correr para o rio.
Voltando à dúvida. O jacaré teria sido movido por solidariedade, ou seria a negação si mesmo, para assumir identidade alheia, nessa busca de status? Vamos ao debate.
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