Excelência, quando a imprensa escreve
Cuanza sul, no lugar de Kwanza Sul, como aliás está no dinheiro, está a
corrigir ou a perpetuar uma confusão resultante precisamente da falta de
actualização da grafia das línguas Bantu? Qual é a opinião dos Instituto de
Línguas Nacionais e do Ministério da Cultura? Não será arriscada, Excelência, essa ideia institucional de que nos vamos reger pela falta de norma?
Angola, repito, entenderá um dia que reside na investigação a chave para a solidez de medidas. Até lá, ficaremos atados ao improviso, ao que a imprensa vende, aos paradigmas nem sempre razoáveis herdados do poder colonial. E os milagreiros de costume nada fazem para encurtar a distância entre as elites e a sabedoria popular. Seria para isso que conquistamos a independência?
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