Ministro do Interior, Matteo Salvini |
O Governo da Itália pediu nesta
segunda-feira, 26, que centros de imigrantes sejam construídos na África para
deter a onda de pessoas que procuram o asilo e que seguem em direcção à Europa
Ocidental, à medida que Roma eleva a pressão sobre os seus parceiros na União
Europeia (UE) para assumirem uma postura mais dura sobre a imigração.
O novo Executivo italiano de direita
fechou os seus portos para navios de organizações de caridade operando no
Mediterrâneo, dizendo que a UE deve compartilhar o fardo de desembarcar os
centenas de imigrantes que são retirados de águas todos os meses,
principalmente na costa da Líbia. A Itália, que fica perto da Líbia, recebeu
650 mil imigrantes de barcos desde 2014.
A nova postura dura agravou tensões na
UE sobre políticas imigratórias e criou preocupações entre investidores. Em encontro com o ministro do Interior
do Governo reconhecido internacionalmente da Líbia, Abdulsalam Ashour, e o
vice-primeiro-ministro, Ahmed Maiteeg, Salvini agradeceu a guarda costeira
líbia por seu “excelente trabalho” em resgatar e interceptar imigrantes. No entanto, o Governo sediado em
Trípoli, que não controla toda a Líbia, não está disposto a sediar centros de
recepção.
Maiteeg disse que embora seu Executivo
esteja pronto para combater o problema da imigração, ele rejeita “completamente
quaisquer acampamentos de imigrantes na Líbia”.
Após regressar à Itália, Salvini disse
que tais centros deveriam ser construídos no sul da Líbia, Níger, Mali, Chade e
Sudão.
Mais cedo, ele disse que a UE deveria financiar esforços na África para
impedir imigração descontrolada à Europa.
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