“Pronto, Chefe!”
“TRAZ AQUI AQUELE DETIDO DE ONTEM!”
“De ontem à noite, Chefe?”
“TEMOS OUTRO?”
“Bem, é só mesmo ele, Chefe.”
“ANDA LÁ!”
“Até o Chefe faz bem, porque ele tem estado a transpirar
muito…”
“Com licença?”
“ENTRA!”
“Bom dia, excelência.”
“CAMARADA, AQUI NÃO HÁ CÁ MUITAS VOLTAS, OK?”
“Efectivamente.”
“O CAMARADA SABE PORQUÊ QUE ESTÁ AQUI DESDE ONTEM,
NÃO?”
“Não digo que não, mas não fiz nada. Só mesmo
bebedeira.”
“NÃO FEZ NADA? O CAMARADA NÃO ESTAVA A FAZER MENOR
NO JARDIM?”
“Mas nem caiu nem uma gota ainda, já me prenderam…”
“ME DIZ SÓ: MAS O CAMARADA ESTAVA OU NÃO ESTAVA COM
O CANHÃO NA MÃO?”
“Estava escuro e não tinha caído nenhuma gota de
xixi ainda no chão, levei duas chapadas, Chefe…”
“LUCRO DO DESACATO. NESTE CASO, A POLÍCIA AGIU
LEGAL OU ILEGAL?”
“Ilegal!”
“LEVEM-ME DE VOLTA O CIDADÃO PARA A CELA! ENTÃO, O
CAMARADA, EMBRIAGADO, ESTAVA A ATENTAR CONTRA O PUDOR, E DIZ QUE A POLÍCIA AGIU
ILEGAL?”
“Espera aí, Chefe. ‘Ilegal’ afinal é como?”
“SEM RAZÃO.”
"Legal é que está certo?"
"NOS TERMOS DA LEI..."
“Ah, claro que agiu LEGAL. Ilegal mas como?!!! Ó
chefe, umas coisas é ensinar, faz favor… Agiu muito legal, a polícia até fez
bem!!! …”
GP. Benguela, 08.12.15
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