I -
UMBUNDU
"Sesa,
kocitali!"
"Oco! Vaiñinle."
"Nangau, a sekulu."
"Oco! Vaiñinle."
"Nangau, a sekulu."
"Kuku!"
"Tweya, a sekulu, ame lukwetu. Uhayele
wusupoka. Cakwavo ovopange lika. Ovipala vyetu tusima tuti vilinga ndayu ka
vyasyatele. Tuvakwaseketa yolusu. Tupita njo la njo okutala ndamupi ovina
vyenda."
"Cayevala. Etu vo, handi mba, tuñwãlãñwãlã.
Lokepya ka twaindele, owesi waco wetimba lyositu."
"A sekulu, 'olofactura vyovyo?"
"Olofactura? Vya nye?"
"Vyokufeta mwenle olusu..."
"Mba ka pali."
"Tê okufeta owola yilo mwenle..."
"Oyeveti nye?! Ame ame ndifeta olusu vofeka
yange? Etu twayaka, twapunyolohã, okulupuka la cikolonya kaputu, hã... toke opo
cikolonya watusumba... kaliye, okuti twakuka, ove oyeveti 'tê tufeta
olusu'?!"
"Oco pwãi tuyiteta. Oñoma eyi, etu ha tu ko
tutukula; tukwãi mo ño vokupiluka."
"Oco pwãi eci twayakela cipi?"
II
- PORTUGUÊS
"Dá
licença no quintal!"
"Sim!"
"Bom dia, mais-velho."
"Sim!"
"Bom dia, mais-velho."
"Obrigado!"
"Estamos cá, mais-velho, o meu colega e eu. Saúde temos em abundância. O
resto é mesmo só o tal trabalho. Creio que os nossos rostos não vos soam
familiares. Somos do sector da Energia. Estamos a passar de casa em casa a ver
como vão as coisas."
"Entendi. Por cá também, por acaso, há saúde para dar e vender. Se não
fomos à lavra, na verdade não passa de preguiça própria de um corpo
humano."
"Mais-velho, tem aí as facturas?"
"Facturas? De quê?"
"Do consumo de energia mesmo..."
"Por acaso, não."
"Terá de pagar neste momento."
"Disseste o quê?! Eu é que vou pagar pela energia no meu país? Nós que
lutamos, o corpo cheio de mazelas, para correr com o colono, hã... até aqui o
colono não esquece o peso da nossa força... hoje, que estamos velhos, tu me
vens falar em pagar pela luz?!"
"Neste caso, vamos fazer o corte. É um tipo de farra em que não colocamos
nós mesmos a música; só dançamos conforme nos orientam."
"Neste caso, por que causas lutamos?"
GP, Katombela, 07.12.15
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