sexta-feira, 27 de julho de 2018
Diário | É o senhor jornalista Mano Manel?
“Aló!”
“Está, sim, ouvinte, bom dia…”
“Aló…”
“Estamos a ouvi-la. Pode falar…”
“Estamos a ouvi-la. Pode falar…”
“Ene! Não se ouve nada – esses
telefones d’agora afinal estão como, oh minha vida, que a pessoa liga para a
rádio, gasta saldo, e não se ouve nada?!…”
“Aló! Mas nós estamos a ouvi-la
bem. Pode prosseguir…”
“Aló… aló”
“Bem, assim fica realmente muito
difícil. Vamos pedir ao nosso operador de som, o Manuel da Silva, para mexer
nos botões, a ver se de uma vez por todas podemos colher a intervenção da nossa
ouvinte. São oito da manhã e quarenta e cinco minutos, este é o seu espaço
Ecclesia 24 Horas, magazine informativo e agenda social de Benguela e
arredores, em fase experimental. Estamos situados na Rua do Bispado. Vamos ao
ar às segundas, quartas e sextas-feiras, das oito às dez da manhã em directo. A
coordenação geral é do padre Domingos Kakepa Graciano, a nossa equipa é ainda
formada por Horácio Dos Reis, Pedro Tchindele, António Mateus e Engrácia
Gonçalves. Agora, sim, parece que é possível. Aló, ouvinte, bom dia…”
“Bom dia. É o senhor jornalista
mano Manel?”
“Sim, Zé Manel. Pode expor. Qual
é a sua situação?”
“Mano Manel, é assim. Aqui em
casa, problema é só mesmo o pai das crianças. Está demais…”
“O que é que se passa de concreto, senhora? Qual é, já agora, o seu nome?”
“O que é que se passa de concreto, senhora? Qual é, já agora, o seu nome?”
“Laurieta. Laurieta Matilde.”
“De onde é que nos fala?”
“Do telefone. Vou falar rápido
porque o saldo é pouco e aqui também, no mercado da fruta, toda a hora é
atender cliente. Mas é assim, mano Manel. Você, como jornalista, vê só o que
podes fazer por nós, porque o jeito que o pai das crianças ultimamente come,
não vamos chegar em Novembro… Nem vamos ver o primeiro comício da independência
total de João Lourenço…”
“É complicado…”
“Eu sei. Aí fiz o quê? Fui
obrigada a lhe dar garfo, pelo menos só para ver se a comida cai e dá tempo de
comermos na velocidade dele, nada. Vou fazer como com dois filhos?…”
“Mas se ele come muito, não é
sinal de boa saúde? Ajude-nos a perceber…”
“É assim. Aqui em casa sempre
comemos com a mão, é nosso hábito, não sei se estás a ver, ó jornalista mano
Manel. Mas então não chegou num ponto que ele começou a comer como liambeiro,
apetite tipo pessoa que fumou liamba, cada monte que ele manda para a boca,
você até assusta?!”
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Gociante Patissa | Aeroporto Internacional da Catumbela, 27.07.2018 (ficção)
quarta-feira, 25 de julho de 2018
Opinião | Aos organizadores de eventos de entrega de prémios “às pressas e - nalguns casos - às mesmas pessoas”
Desabafo do escritor Joe D'Almeida, in Facebook, 25.07.2018
Angola
não é definitivamente Luanda. Por mais que se diminua, aqui e acolá, a redutora visão geográfica de vossa
insistência. O país é vasto e tem um sem número de referências palpáveis a dignificarem
diariamente as suas comunidades.
Há, igualmente, por mais que selectivamente invisíveis aos vossos olhos e ouvidos, programas e actividades de entidades singulares e colectivas de indubitável importância para o crescimento cultural e cívico dos cidadãos deste país, agora reduzido apenas a galas, tapetes vermelhos e compadrio.
Crónica | UM SOCO, FAZ FAVOR
A
chinesa, baixinha, pernas arqueadas, abriu a porta do restaurante, ares inquiridores, levantou a tampa da
cuba do buffet e dirigiu-se à garçonete com a voz já alta: "Amiga, é
soco?" E não se sentindo percebida, e enquanto o companheiro se via
consumido pela troça malandra por quão magro era, rabinho feito tábua, a
asiática levanta a voz, agora em tom de ralhar, sem no entanto evidenciar
impaciência como tal, e exige: "AMIGA, EU QUELO SOCO! SOCO! UM SOCO, FAZ
FAVOR." Estupefacta, a balconista replica: quer soco, amiga, a sério? Deve
ter pensado que há realmente pessoas que não sabem o que pedem. Fez-se um
silêncio frio, vazio, a transcender o ruído fonológico. A garçonete levou a mão
à testa, apalpou o lugar que a sua mão devia conhecer com precisão e, sentindo
ainda presença do caroço do galo, rapidamente tentou disfarçar com o guardanapo
de papel a lágrima que se antecipara e quase lhe fugia ao controle. Por acaso
um soco era precisamente o tipo de coisas que nunca lhe passou pela cabeça
querer mas que na noite anterior acabou levando no seu lar, no caso dois socos
e bem puxados, tudo por uma briga estúpida qualquer. E a chinesa continuou a
exigir soco e mais soco, é que lhe apetecia qualquer coisa do mar que não fosse
peixe, um choco mesmo.
Gociante Patissa, Benguela, 25.07.2018 | www.angodebates.blogspot.com
"O TIRAR DE DENTRO PARA FORA" DA EDUCAÇÃO: uma análise crítica da prática pedagógica de alguns professores com base no conto "AS DEFINIÇÕES DO PROFESSOR KAMBUTA COMUNAL", do escritor Gociante Patissa
Já vejo, logo de início, a necessidade de pedir desculpa ao meu querido leitor pela extensão do título do presente texto, porém, paradoxalmente, não o farei - tenho as minhas razões!
A educação (formal) é algo com que o professor lida todos os dias. E seja qual for a disciplina ou área do saber, o professor encontra o grande desafio de ensinar os estudantes a aprenderem definições. "Definições", eis a palavra que é o núcleo do conto "As definições do professor Kambuta Comunal", do escritor Gociante Patissa, autor do ilustre livro "Fátussengóla, O Homem Do Rádio Que Espalhava Dúvidas". É precisamente nesta obra literária em que encontramos o conto referenciado anteriormente. O conto, "As definições do professor “Kambuta Comunal", é um texto literário, cujo narrador é homodiegético. Escrito numa linguagem livre em discurso indirecto livre, em parte.
A narração evidência a história desse protagonista, o "professor Kambuta Comunal (…) É neste movimento de lá para cá que as lições da narração são evidenciadas.
Análise sociológica ao enredo do conto
Em uma das partes do enredo do conto, o narrador faz referência a um dos aspectos singulares de "Kambuta Comunal" que, do ponto de vista sociológico, entendo ser um aspecto critico em dois sentidos para a prática docente da maior parte ainda dos nossos professores em Angola:
1.° Kambuta Comunal, enquanto professor, tinha o hábito de definir os conceitos com maior liberdade e dando nova roupagem conceptual aos termos e expressões. Na verdade, é essa dinâmica que falta ao nosso ensino, quiçá, principalmente, no ensino superior, onde poderia haver maior liberdade, tanto em professores quanto em estudantes, de criar novos conceitos... sair da teoria à prática, da prática à teoria. Essa deve ser uma missão do próprio professor. Estimular a seus estudantes a criação do novo a partir do já existente. Não se pode ficar estático a "engravidar" de teorias os estudantes quando eles, em tempo integral, não conseguem "parir" novas teorias ou dar nova roupagem conceptual a termos e conceitos.
2.° Levando em conta o hábito do professor Kambuta Comunal, o narrador tece uma crítica que, do ponto de vista sociológico, se consubstancia numa crítica social à prática docente de muitos professores: "os mais comuns dos professores não vão com definições além do livro." - diz o narrador.
Essa é a realidade da prática docente de muitos professores: um ensino livresco, à base da reprodução directa do que os outros já escreveram (o que não é, de todo, um mal, mal é por ser reprodutiva e directa). E, ao assim procederem, "privam" não só a si mesmos, mas também aos seus estudantes da liberdade de "alcançar lentes menos estáticas, de ouvir a voz da alma" - como diz o narrador de Patissa.
Considerações finais
Em tudo isso, e com tudo isso, uma realidade é evidente da nossa educação: i) é uma educação tendentemente "programadora", onde o professor é o "programador" e o estudante, o "programado" e o conteúdo (conceitos, termos e teorias) o "objecto de programação". Com efeito, torna-se mais uma educação de fora para dentro (educare).
Precisa-se é valorizar-se, inclusive, aquilo que o estudante traz dentro de si. O estudante não é um "dispositivo" sem "memória". Precisa-se de estimular o estudante a tirar de dentro o que tem e trabalhar sobre ele (educere). O estudante não é um robot - tenho defendido.
Referências
Patissa, G. 2014. " Fátussengóla, O Homem Do Rádio Que Espalhava Dúvidas " Luanda: GRECIMA. pp. 61-65.
Crónica | Até pensei que fosse ter gosto
MOÇO! Garçom! Não vês que o vosso copo está furado por baixo?! Foste já de vez, é assim?! Ah, desculpa, senhora. Mais um? Sim, uma lambreta, por favor. Branca ou preta? Da minha cor, ó moço. Aliás, duas! A do meu amigo também já está no meio. Até voltares, já era. Está bem, senhora. Duas lambretas pretas então, a sair já, já. Mas, olha, esqueci: não é querer ferir sensibilidades, minha senhora, mas afinal já não temos cerveja preta. Vocês também!… Já agora, e a comida, senhora? Esteve boa, uma delícia, né? Ah, por acaso gostei mesmo muito, muito, muito mesmo da consistência do molho. Até pensei que fosse ter gosto. Ah, quer dizer que não lhe caiu bem a comida? É como falei, moço. Está com muito boa consistência, uma aparência fora de série, que até dá água na boca. Gosto só já é que não tem. Se calhar é por ser a primeira vez que a senhora vem comer aqui. Mas garanto, depois dessa, a senhora será nossa cliente regular. Hum, está bem já… Viste como esses garçons xaxeiros, ó amigo Tomé? Hahaha, o rapaz já ganhou… Sabes, eu até não era de beber, essas coisa de cerveja, vinho e quê. Aprendi mesmo aqui em Benguela. Ai, é? Ya. O meu marido também bebe, mas é assim socialmente, tipo eu. Muito bem. Você então é meu amigo, contigo converso mesmo abertamente. Obrigado! Olha, é assim, desculpa se te incomoda eu estar a manejar o telefone toda hora, é que a maior parte das pessoas que falam comigo é via internet. Não há makas, amiga. Voltando ao assunto, falavas que tenho um sorriso bonito? Sim, tens um sorrir, um falar e uma postura maravilhosa. Eh, amigo, até fico com vergonha… Muita gente fala bem do meu sorrir. O meu marido sabe que você é meu amigo. Sim? Será boa ideia? Quer dizer, não lhe falo bem, bem que você é meu amigo. Sabes que os homens africanos têem essa coisa do machismo, né? Só lhe falo que o Tomé é uma pessoa super, híper, mega fixe, que de vez em quando dá boas ideias. Ah, Ok. Mas você tem que conhecer lá em casa, ser amigo da rua só, me sinto mal. Hum… Não sei… Mas não é por mal que estou a te convidar, mas pelo menos só conhecer a parede, se é que entrar te complica… Ok, amiga, um dia… Ele não é assim de muitos ciúmes. Ok, amiga… O meu ex é que era um pouco diferente. Ah, então este é o segundo casamento, certo? Não, amigo! A minha Ex-relação. Mas sabes como é… a vida. Eu não posso dizer que o actual superou, né?, mas, pronto, cada relação é uma relação. Aí concordo! O meu ex e eu nos conhecemos mesmo assim numa brincadeira. Onde eu estagiava era no caminho dele, onde eu estudava coincidia que era no caminho dele. Ali foi-me dando boleia e aquilo foi fatal. Já era mais velho. Sempre foi mais velho. Eu era uma miúda, sabes? Me sentia muito, muito, muito, mas muito mesmo amada. Praticamente uma princesa. Ele me amava mesmo de verdade. O tio me tratava como uma filha. Não me deixava faltar nada. Assumia as propinas, a renda de casa, o salão, rent-a-car, está a ver, amigo? Se comprasse algo para a esposa e para a filha dele, também automaticamente tinha que haver para mim. Eu nem pedia, sabes? Às vezes eu até dizia que ainda chega, mas ele? Sempre a me dar carinho. Quando viajou para o Dubai trouxe três computadores da Apple, um para a esposa, um para a filha e um para mim. Eu até já tinha computador, mas o carinho dele era impressionante. Aí depois conheci este homem que estou a viver, fiquei maluca e fui dando cortes ao kota. A faltar dois meses para o meu casamento, ele me ligou e falou: porquê que já não estás a te comportar bem, mor? Porquê que não continuas a ser aquela miúda que amo? Vamos voltar só, ya? Garanto que daqui a dois meses tens a chave do teu carro na mão. Oh, Tomé… Você se sente como? Já sabes, nós mulheres, né? Vou-lhe falar que tenho casamento marcado? O tempo passou, ele depois ficou a saber que casei. Ficou triste, mas ainda até hoje falamos, ele liga para saber se está tudo bem ou se tenho alguma necessidade. É, amiga, na verdade, é uma história linda… Olha, a essa hora o marido está a voltar do trabalho, se calhar temos de ir andando, né? Pois. E onde é que te deixo, já que não queres conhecer o meu lar? Aí pelo caminho, amiga, depois apanho kupapata. Ok. Pagas a conta? Sim, amiga, claro!
www.angodebates.blogspot.com | Gociante Patissa, Luanda, 23 Julho 2018
terça-feira, 24 de julho de 2018
domingo, 22 de julho de 2018
Convite aos angolanos no Brasil | Deborah Dornellas lança romance POR CIMA DO MAR, sábado 28/07, na Casa do Desejo, em Paraty-RJ
A autora Cruzou o Atlântico pela primeira vez em 2016, para ver Angola de perto e alimentar-se de histórias.
Sai pela Editora Patuá. Eis a sinopse: Lígia Brasil, negra brasileira que vive em Angola, decide reunir num texto algumas de suas lembranças. Enquanto escreve, vai costurando e editando suas memórias, remotas e recentes, num movimento de vaivém que atravessa o oceano e o tempo. Constrói pontes entre sua infância e juventude pobres na Ceilândia, periferia de Brasília, e sua vida na cidade de Benguela; entre a ancestralidade africana e a identidade brasileira. O ontem e o hoje. A margem de lá e a margem de cá.
Sai pela Editora Patuá. Eis a sinopse: Lígia Brasil, negra brasileira que vive em Angola, decide reunir num texto algumas de suas lembranças. Enquanto escreve, vai costurando e editando suas memórias, remotas e recentes, num movimento de vaivém que atravessa o oceano e o tempo. Constrói pontes entre sua infância e juventude pobres na Ceilândia, periferia de Brasília, e sua vida na cidade de Benguela; entre a ancestralidade africana e a identidade brasileira. O ontem e o hoje. A margem de lá e a margem de cá.
Deborah Dornellas, carioca candanga que vive em São Paulo, é escritora, jornalista e artista plástica. Mestra em História pela UnB com um trabalho sobre o maracatu nação pernambucano, que a levou para dentro do universo da cultura popular brasileira de matriz africana, sua grande paixão. Pós-graduada em Formação de Escritores (ISE-Vera Cruz-SP). Publicou Triz (In House, 2012), uma reunião de poemas. Integra o Coletivo Literário Martelinho de Ouro desde 2013 e participa de todas as publicações do grupo. Por cima do mar é seu primeiro romance. (ddornellas13@gmail.com)
quinta-feira, 19 de julho de 2018
Comunicado de adiamento
O serviço de apoio a Sua Excelência Eu, no caso escritor Gociante Patissa, comunica aos
leitores, familiares, comunidade artística, profissionais de imprensa,
académicos, amigos e amantes da literatura, em quem levantou de algum modo a
expectativa a propósito do lançamento do livro de contos O HOMEM QUE PLANTAVA
AVES, inicialmente projectado para ocorrer no último fim-de-semana do mês de
Julho na província de Benguela, que o mesmo foi adiado por razões de colisão de
agendas. Assim, a nova previsão de lançamento aponta para o mês de Setembro,
altura em que deverá deslocar-se de Luanda o elenco da Editora Acácias, que
cuida da edição angolana desta que é a oitava obra da safra do natural da
comuna do Monte Belo.
Note-se que a obra em causa é de ficção com esparsas referências
autobiográficas do autor e do espaço de língua e cultura Umbundu, o que implica
atravessar uma vez a outra temas complexos, como as memórias do tempo de guerra
civil ou as sequelas do pós-conflito, não fugindo o devaneio literário ao papel
de confrontar a humanidade com as suas contradições.
Até ao momento, o livro foi apenas lançado no mercado brasileiro, onde tem
merecido resenhas bastante favoráveis de diversos blogues e nas redes sociais,
a par da imprensa convencional. Saiu no ano de 2017 sob chancela da Editora Penalux,
com sede em São Paulo, que o "encomendou" durante a presença há dois
anos do autor na Feira do Livro de Frankfurt, na república da Alemanha, a
convite do Goethe-Institut.
para ler resenhas e trechos do livro,
fica aqui o link https://angodebates.blogspot.com/search?q=o+homem+que+plantava+aves
Por eventuais constrangimentos que este adiamento possa causar, o autor
penitencia-se a cada pessoa singular ou colectiva e agradece compreensão. Nós aqui só temos um lema: "O nosso trabalho é trabalhar". Ainda era só isso. Obrigado.
Catumbela, 19 de Julho de 2018
(escritor)
quarta-feira, 18 de julho de 2018
terça-feira, 17 de julho de 2018
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Contos de escritor benguelense em destaque na Universidade de São Paulo | REVISTA CRIOULA faz CRÍTICA POSITIVA ao livro «FÁTUSSENGÓLA – O HOMEM DO RÁDIO QUE ESPALHAVA DÚVIDAS», de Gociante Patissa
Clicar na imagem para ampliar |
A obra estudada foi editada pelo GRECIMA, Luanda, 2014, no quadro da Bolsa Literária para novos autores intitulada Programa Ler Angola.
domingo, 15 de julho de 2018
ÁUDIO PARA DOWNLOAD | Programa RODA DE KAMBAS (6.ª Edição) Rádio Benguela 14.07.2018 (01h35')
TEMAS CENTRAIS
1- Conversa em torno dos badalados casos de suicídios e crimes passionais que têem vindo a ocorrer nas nossas comunidades
2- Dia Mundial da População, 11 de Julho: Planeamento Familiar e Desenvolvimento
Painel: Cristiano Fernandes, à esquerda (moderador), Loide Tchivinda e José Mendes (convidados estreantes), Gociante Patissa (convidado residente)
Operador de som: Bernardo Silva
RODA DE KAMBAS, aos sábados, das 18h às 19h55 em directo na Rádio Benguela (do grupo Rádio Nacional de Angola), uma mesa redonda sobre assuntos sérios e abordados num conceito combinado de profundidade ao mesmo tempo coloquial e bem-humorado, como de resto é típico em roda de amigos. | www.angodebates.blogspot.com
Áudio sem download | Programa RODA DE KAMBAS (6.ª Edição) Rádio Benguela 14.07.2018 (01h35')
1- Conversa em torno dos badalados casos de
suicídios e crimes passionais que têem vindo a ocorrer nas nossas comunidades
2- Dia Mundial da População, 11 de Julho:
Planeamento Familiar e Desenvolvimento
Painel: Cristiano Fernandes, à esquerda
(moderador), Loide Tchivinda e José Mendes (convidados estreantes), Gociante Patissa (convidado residente)
Operador de som: Bernardo Silva
RODA DE KAMBAS, aos sábados, das 18h às
19h55 em directo na Rádio Benguela (do grupo Rádio Nacional de Angola), uma
mesa redonda sobre assuntos sérios e abordados num conceito combinado de
profundidade ao mesmo tempo coloquial e bem-humorado, como de resto é típico em
roda de amigos. | www.angodebates.blogspot.com
sábado, 14 de julho de 2018
sexta-feira, 13 de julho de 2018
Só 16 anos? Mundiais de sub-20 de atletismo agitados pela idade de atleta etíope
A
discussão não é nova no universo do desporto e voltou nesta quinta-feira à
baila a reboque da etíope Girmawit Gebrzihair. A fundista africana
terminou na terceira posição a prova de 5.000 metros nos Mundiais de atletismo
de sub-20, que decorrem em Tampere, na Finlândia, despertando atenções que se
estendem ao bilhete de identidade. Tudo porque as fotos da competição
desencadearam uma discussão sobre a idade da atleta, que, segundo a Federação
Internacional das Associações de Atletismo (IAAF), tem 16 anos.
quinta-feira, 12 de julho de 2018
Para debate
"Os abutres não aguentaram os efeitos da crise económica e financeira actual. Tão rápidamente chegaram e agora estão a regressar à procedência. Façam boa viagem e fiquem mesmo por lá. Fique no entanto a lição para os nossos governantes: Quando esta crise for superada, as oportunidades de negócios sejam dadas primeiro aos angolanos, depois aos angolanos e sempre a eles. Os estrangeiros que queiram trabalhar em Angola sejam bem vindos, desde que tenham fundos próprios ou financiados pelos seus bancos. Agora, trazer apenas dossiers com projectos a apanhar dinheiro do contribuinte angolano é que não é justo neste momento. Os angolanos, com ou sem crise eles estão presentes, eles ficam na sua terra. Não têm uma segunda Pátria. Esta é também uma questão de segurança nacional e defesa da nossa soberania no sentido mais vasto." (Lukamba Paulo Gato, deputado pela bancada parlamentar da Unita. In Facebook, hoje)
2. Se concorda, fundamente. Se não concorda, também não deixe de fundamentar.
Nota de rodapé: espera-se um debate sóbrio e com elevação. Ainda era só isso. Obrigado
Mais do mesmo? Governador Falcão anuncia fim do roubo do negócio “sujo” de lixo em Benguela
O responsável fez este pronunciamento no último
Sábado, na cidade de Benguela, num encontro que manteve com os militantes do
seu partido
quarta-feira, 11 de julho de 2018
MED divulga resultados dos exames do concurso público para admissão de professores nas próximas horas
Sonho adiado | Falta de dinheiro leva BCI a suspender o crédito "Projovem"
segunda-feira, 9 de julho de 2018
domingo, 8 de julho de 2018
ÁUDIO PARA DOWNLOAD | Programa RODA DE KAMBAS (5.ª Edição) Rádio Benguela 07.07.2018 (01h37')
Temas centrais
1 - O perfil das pessoas envolvidas na prostituição na província de Benguela
2 - Seroprevalência e comportamentos de risco perante o VIH/SIDA
3- Virtudes e defeitos das abordagens de sensibilização para a mudança comportamental na luta contra a Sida
Painel: Gociante Patissa, esq. (moderador pontual por impedimento do anfitrião, Cristiano Fernandes), Hernani Domingos (convidado residente), Perpétua Chaluca e Erídson Chingui (convidados estreantes)
Operadores de som: Bernardo Silva e DJ Celito
RODA DE KAMBAS, aos sábados, das 18h às 19h55 em directo na Rádio Benguela (do grupo Rádio Nacional de Angola), uma mesa redonda sobre assuntos sérios e abordados num conceito combinado de profundidade ao mesmo tempo coloquial e bem-humorado, como de resto é típico em roda de amigos. | www.angodebates.blogspot.com
Áudio sem download | Programa RODA DE KAMBAS (5.ª Edição) Rádio Benguela 07.07.2018 (01h37')
Temas centrais
1 - O perfil das pessoas envolvidas na prostituição na província de Benguela
2 - Seroprevalência e comportamentos de risco perante o VIH/SIDA
3- Virtudes e defeitos das abordagens de sensibilização para a mudança
comportamental na luta contra a Sida
Painel: Gociante Patissa, esq. (moderador pontual por impedimento do
anfitrião, Cristiano Fernandes), Hernani Domingos (convidado residente),
Perpétua Chaluca e Erídson Chingui (convidados estreantes)
Operadores de som: Bernardo Silva e DJ Celito
RODA DE KAMBAS, aos sábados, das 18h às 19h55 em
directo na Rádio Benguela (do grupo Rádio Nacional de Angola), uma mesa redonda
sobre assuntos sérios e abordados num conceito combinado de profundidade ao
mesmo tempo coloquial e bem-humorado, como de resto é típico em roda de amigos.
| www.angodebates.blogspot.com
sábado, 7 de julho de 2018
sexta-feira, 6 de julho de 2018
Para debate
Imagem de autor desconhecido |
1. Concorda com esta tese?
2. Se
sim, porquê? Se não concorda, porquê?
Nota de rodapé: Espera-se um debate sóbrio e com elevação. Ainda era só isso.
Obrigado
____________
DEBATE SOBRE O TÓPICO NO FACEBOOK
Santos Simbaia: "Esta é uma tese muito realista, basta lermos sobre às divisões dos territórios colonizados "afrikanos" tiveram como patrões o papado pertencente a igreja cristã romana..."
Santos Simbaia: "Esta é uma tese muito realista, basta lermos sobre às divisões dos territórios colonizados "afrikanos" tiveram como patrões o papado pertencente a igreja cristã romana..."
Pastor namibiano julgado por abuso sexual de crentes que desmaiaram em escolas no Kunene
O líder da Igreja Evangélica Ministério de Albadam, no Kunene, Simon Cornelius Nghindipo, de nacionalidade namibiana, está ser julgado pelo Tribunal Provincial sob acusação e pronuncia de abusar sexualmente quatro meninas crentes com idades compreendidas entre 14 a 21 anos de idade, que sofriam de desmaios nas escolas.
Texto: Angop, 05.07.2018
O réu, que começou a ser julgado no passado dia 3
do corrente mês sob o processo nº 90/18 do Tribunal Provincial do Kunene é
acusado de violar quatro raparigas, das quais três adolescentes de 14, 15, 16
anos e uma de 21 anos de idade, que sofriam de desmaios nas escolas.
quarta-feira, 4 de julho de 2018
“Em Angola não há jornalismo investigativo”, garante Gustavo Costa
O
jornalista Gustavo Costa (GC) disse que, em termos globais, não existe
jornalismo investigativo em Angola. Há uma acção pontual do Rafael Marques e,
às vezes, numa reportagem da televisão, mas de uma maneira geral não faz parte
da nossa cultura esse tipo de jornalismo.
Fonte:
O País (Maria Teixeira), 04.07.2018 | Foto: Jornal Cultura (Paulino Damião)
Humor
Enterrado em dívidas, aquele advogado resolve
se suicidar. Vai no meio da rua, joga um litro de gasolina sobre o corpo e
quando vai atear fogo, uma mulher o segura pelo braço. - Não faça isso não, seu
moço! - Diz ela, comovida com a dramática situação. - Se o problema é dinheiro,
a gente vai dar um jeito! Ela pega uma sacolinha e começa a abordar os carros
pedindo auxílio. Vinte minutos depois ela volta com a sacolinha quase cheia. -
Quanto você conseguiu? - Pergunta o advogado, ansioso. E ela: - Não muita coisa!
Uns quinze isqueiros e 6 caixas de fósforos! (autor desconhecido)
segunda-feira, 2 de julho de 2018
Onambi | Obituário | Obituary
UMBUNDU | Lesumwõ lyalwa ndatambula ondaka yolofa vya kamba lyange, haye kula lyange velimi lyocingelesi kwenda votembo twakala vendo lyolo ONG, londuko Raúl Satandi "Ratson". Civala calwa! Twalisula unyamo waco ulo ndeti, ponambi yukwetu Lito, una vakala kumosi vocisoko co APDC (Associação de Promoção do Desenvolvimento Comunitário), kosongo yo São João, vo lupale wo Lupito. Umalehe Ratson okapuyukapo kwalangalo kekumbi lya cakwalata. Ame wove, Gociante Patissa.
PORTUGUÊS | Recebi a triste notícia do falecimento do meu amigo, também colega na paixão pela língua inglesa e antigo colega ao tempo que andamos no sector das ONG, de nome Raúl Satandi "Ratson". Ironicamente, ainda estivemos juntos no princípio deste ano no óbito do companheiro Lito, com quem fundou a APDC (Associação de Promoção do Desenvolvimento Comunitário),no bairro do São João, na cidade do Lobito. O jovem Ratson vai ao descanso eterno na tarde da próxima quarta-feira. Profunda consideração do teu Gociante Patissa.
ENGLISH | Just heard about the death of my friend Raúl Satandi "Ratson", another English passionate guy and former colleague in those lovely years of serving the NGO sector. Ironically, I last met him earlier this year as we attended the funeral cerimony ESAPULO of our comrade Lito, with whom he founded the APDC (Community Development Promotion Association), in the neighborhood of São João, in the city of Lobito. Young Ratson goes to eternal rest next Wednesday. Will always remember you.
domingo, 1 de julho de 2018
Lapiseirando | Parabenizando o «Roda de Kambas»
Crónica
de Rodino Da Mamã Teresa, Lobito, 1.Julho.2018
Na
semana que ontem terminou, tive o ensejo de ouvir os programas Ecclésia 24
horas e Roda de Kambas, das rádios Ecclesia e Benguela, respectivamente.
Perífrases à parte, parabéns aos fazedores dos referidos programas, pois nos
formatos que fazem sua natureza, afastam-se da da natureza das mesmices e
aproximam-se àquilo que infelizmente tornou-se raro nas rádios que operam em
Benguela.
PARA DOWNLOAD | Programa RODA DE KAMBAS (4.ª Edição) Rádio Benguela 30.06.2018 (01h41')
Tema 2: MÚSICA E CIDADANIA – VIRTUDES E DEFEITOS NA CONSIDERADA
MÚSICA URBANA EM ANGOLA
Painel: Gociante Patissa, esq. (moderador pontual por
impedimento do anfitrião, Cristiano Fernandes), Hernani Domingos (convidado
residente), Gibson Cauanda e Mbangula Katúmwa (convidados estreantes)
Operadores de som: Bernardo Silva, Alexandre Bernardo e DJ
Celito
RODA DE KAMBAS, aos sábados, das 18h às 19h55 em directo na
Rádio Benguela, uma mesa redonda sobre assuntos sérios e abordados num conceito
combinado de profundidade ao mesmo tempo coloquial, como de resto é típico em
roda de amigos. | www.angodebates.blogspot.com
Áudio (sem download) | Programa RODA DE KAMBAS (4.ª Edição) Rádio Benguela 30.06.2018 (01h41')
Tema
1: O DIA-A-DIA DOS KUPAPATAS (mototaxistas) E O SEU PAPEL SOCIAL
Tema 2: MÚSICA E CIDADANIA – VIRTUDES E DEFEITOS NA CONSIDERADA
MÚSICA URBANA EM ANGOLA
Painel: Gociante Patissa, esq. (moderador pontual por
impedimento do anfitrião, Cristiano Fernandes), Hernani Domingos (convidado
residente), Gibson Cauanda e Mbangula Katúmwa (convidados estreantes)
Operadores de som: Bernardo Silva, Alexandre Bernardo e DJ
Celito
RODA DE KAMBAS, aos sábados, das 18h às 19h55 em directo na
Rádio Benguela, uma mesa redonda sobre assuntos sérios e abordados num conceito
combinado de profundidade ao mesmo tempo coloquial, como de resto é típico em
roda de amigos. | www.angodebates.blogspot.com