É sempre aborrecido termos de levar com alguém
(palestrante, professor ou o que seja) a se impor como doutor, não poucas vezes
com base numa licenciatura... trabalhei 22 meses num estaleiro cheio de
engenheiros e tantas outras qualificações, maioritariamente franceses: nada de
títulos. O "único" engenheiro, curiosamente, falava português.
Trabalhei durante 12 anos no sector voluntário, com gente geralmente de
expressão inglesa: nada de doutorismo. Quando é que nós vamos largar essa mania
dos epítetos? Até no lar, doutor fulano, caramba!
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O doutorismo não é exclusivo dos países de língua oficial portuguesa. Numa empresa em que trabalhei em tempos, tive um chefe austríaco que em todas as circunstâncias, mesmo as mais informais, se referia a si próprio como sendo o "Dr. Röss"... Perante a nossa estranheza pela sua insistência no uso do "dr.", ele quis-nos fazer acreditar que na Áustria o título académico faz parte do próprio nome de uma pessoa! É mentira, evidentemente, como pude verificar pessoalmente na cidade de Viena, onde vivi durante algum tempo. O doutorismo existe na Áustria, e também (embora um pouco menos) na Alemanha, mas o "dr. Röss" exagerava...
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