QUATRO POETAS DE ANGOLA E OUTROS DE TODO O MUNDO
Recebemos há tempos (ver Publicações Recebidas, n.º
21, página 116), como oferta da Associação Porta Treze, de Vila Nova de
Cerveira, animada por Luandino Vieira, quatro pequenos livros de quatro poetas
angolanos, todos editados na coleção Vozes de Grilo, da editora NósSomos, de
Luanda e Cerveira. Graças à gentileza do editor, conseguimos contactar os
quatro autores e convidá-los a colaborar neste número da DiVersos. Mais adiante
uma explicação complementar.
Uma poetisa sueca (Edith Södergran), um clássico do
Século de Ouro espanhol (Francisco Quevedo), a grande poetisa chilena Gabriela
Mistral e o poeta argentino Rodolfo Alonso como presença da América Hispânica,
e dois poetas gregos do século XX, um Prémio Nobel (Giorgos Seféris) e outro de
estatura equiparada por muitos (Nikiforos Vrettakos), e pela primeira vez na
DiVersos um poeta traduzido de uma língua africana (umbundu), traduzido pelo
próprio, Gociante Patissa, para português, são mais alguns poetas de todo o
mundo, de diferentes línguas, dois deles ainda nossos contemporâneos, incluídos
neste número. Após seis números (16 a 21) de edição bilingue na DiVersos, surge
desta vez adiante uma curta explicação para esta escolha.
A opção bilingue manifesta-se habitualmente tendo o
português como língua de chegada. Com a tradução para catalão de poemas em
português de Pedro Silva Sena por Gabriel de la S. T. Sampol (DiVersos n.º 18)
iniciámos traduções bilingues em que o português é a língua de partida. Neste
número, temos algo idêntico com a tradução de poemas de Cristino Cortes para
alemão por Maria de Nazaré Sanches, ambos já anteriormente presentes na
DiVersos quer como autores quer como tradutores.
Outros poetas de língua portuguesa, agora do Brasil,
enfileiram lado a lado com os poetas angolanos a que já aludimos, os jovens Ana
Estaregui e André Argolo. Do Brasil igualmente o tradutor de Rodolfo Alonso,
Anderson Braga Horta, também ele poeta, de que publicaremos no próximo número
alguns poemas. Poetas portugueses, alguns com obra extensa ou significativa já,
como José Carlos Breia, Nuno Rebocho e Paulo Pego, este último já presente
anteriormente na DiVersos quer como autor quer como tradutor. E finalmente
Vergílio Alberto Vieira, de que inserimos uma miniantologia em que se procura
dar uma panorâmica breve de uma obra vasta (quadratura de círculo?), como já
anteriormente fizemos com Pedro Tamen, Glória de Sant’Anna, Albano
Martins, António Manuel Pires Cabral, Matilde Rosa Araújo, e alguns outros.
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