Salt Lake City, estado de Utah, nos EUA. Inverno de 2010. Tínhamos passado a manhã a fazer apresentação sobre nossos países (história, contexto e perspectivas) na sala de conferências da universidade para uma plateia que juntou a família académica e pessoas curiosas sobre o mundo além América. Sete oradores líderes de organizações juvenis engajadas na promoção de direitos humanos, um por país. Por Angola ia eu. A fome apertava, como era de direito, passado do meio-dia. A mim talvez mais, de tanto que me custava a adaptação à população de comida que enche a mesa dos hotéis americanos ao mata-bicho. Como pouco de manhã, para entulhar o estômago ao almoço. Lá é ao contrário. No refeitório da universidade, lá passava o menu. Escolho algo que me soa familiar entre as sandes (tinha lá uma vegy, que logo ignorei). Sandes de frango, e não se fala mais nisso! Minutos depois, chega-me um pão com algo amassado lá dentro, nada, mas nada mesmo que se parecesse com as nossas "motorolas" ou "magogas", aquele pão escancarado com coxa de frango frita (ou grelhada dentro). Tentei ainda pedir a uma colega de grupo o obséquio de partilhar comigo a sua sandes mista, ao que negou, e com razão, dado que era pouco para a sua fome, quanto mais comer metade... Fica o conselho: mesmo que (como eu) não comas aqui, não as desdenhes, que as "motorolas" apetecem lá fora. Nunca se sabe rsrsrsr
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