Chegará o sol
que cedo levantará Angola
com corpos surpresos nos leitos
questionando o como do sol
que cedo levantará Angola
com corpos surpresos nos leitos
questionando o como do sol
Nesse dia
para tantos repousos
para tantos repousos
não sei se haverá escolas
não sei se haverá covas
para tantos suicídios
não sei se haverá covas
para tantos suicídios
Chegará o dia
o dia em que não sei
se haverá presente para tanto passado
passado para tanto presente.
Não sei se haverá
abraços para tantos prodígios
Coroas para os afinal heróis
o dia em que não sei
se haverá presente para tanto passado
passado para tanto presente.
Não sei se haverá
abraços para tantos prodígios
Coroas para os afinal heróis
A aridez da chuva não se perpetua
as terras não permanecerão virgens
as montanhas ruirão ao ímpeto da luz
e as sementes nascerão da terra
as terras não permanecerão virgens
as montanhas ruirão ao ímpeto da luz
e as sementes nascerão da terra
A escuridão
vencedora absoluta não é.
vencedora absoluta não é.
O sol edifica-se e vem
Solidifica a esperança dos versos
que verei, viverei, direi em acto
Vi vitória, vivi vitória.
Solidifica a esperança dos versos
que verei, viverei, direi em acto
Vi vitória, vivi vitória.
RODINO SAPATEIRO
SOBRE O AUTOR
Rodino Satelo Ngumbe, natural do Lobito. Professor, licenciado pela UKB, faculdade de Ciências da Educação. Exercita-se, há já alguns anos, escrevendo sobretudo crónicas e poemas.
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