No que se vai lendo pelos papéis e imprensa digital, a questão (que acabou com pedido de desculpas e recuo dos gigantes, produtora Vs Estação televisiva) já não é o beijo ser mais ou menos gay, mais ou menos lésbico ou mais ou menos heterossexual. O que repugna o lado pro, o que independe de ser um canal público ou privado e de que sociedade se trate, é a tácita prerrogativa dos "ignorantes, atrasados" do contra (adoptando o slogan "TPA somos todos nós") em reclamar a impertinência do trabalho artístico. Afinal, até não há razões para qualquer antagonismo, sendo a censura um "inimigo comum". Ou seja, está ali afinal mais motivo para juntar forças, quem sabe de uma vez por todas as forças influentes de ambos os lados da barricada se juntam e combatem este gigante chamado "censura", que como se sabe não enferma apenas o sector artístico mas também o jornalístico, até onde me lembro. Só podemos sublinhar a tese do lado pro, segundo a qual o trabalho artístico é irredutivelmente soberano, não importa onde, como, quando nem quem. Ora, se a episteme do "artístico" é da subjectividade que é, o que é que nós vai garantir que "arte" é monopólio do lado convencionalmente concebido e seus operadores? Vê-se mesmo quão produtivo é o debate para o amadurecimento do nível de cidadania, não é? Abaixo a censura, estamos juntos!
Gociante Patissa, Benguela 07.02.15
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Abaixo a censura, concerteza.
Estamos juntos!
Pela liberdade de pensamento e opinião, sempre.
Juntos, meu caro. Que o direito à luta contra a censura se democratize cada vez mais. Abraço
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