«Presenciava, inconformado, o funeral. A poucos passos do túmulo, um atraente vaso na cabeceira de uma campa de humilde aparência saltou-lhe à vista. Seria natural ou artificial? Agachou-se. Arrancou uma folhinha. O verde húmido entre o polegar e o indicador, ao esmagá-la, respondia: «natural, claro!». A planta, sem lhe dizer há quanto tempo não era irrigada, só mostrou que tem sobrevivido no meio de outras plásticas em vasos cheios de água. E a conversa com as flores não mais parou, o locutor Caçule ficou maluco.»
Gociante Patissa, in «A Última Ouvinte», pág. 25. União Dos Escritores Angolanos, Luanda, 2010
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