Faltavam poucas pás para completar a saliência
do túmulo. A família pede, se está cá um colega de serviço, que possa dizer
algumas palavras. Surgiram olhares no vazio, uns à direita, outros à esquerda.
Nada é mais esclarecedor do que o silêncio. O enterro se completa, a família é,
afinal, o que resta quando o resto é tão abstracto como os próprios ideais. Na
semana seguinte, porque muito bons camaradas, estão os camaradas a querer saber
para quando o komba, para o qual havia fundo e disponibilidade humana. Não, nós
não choramos e festejamos a morte ao mesmo tempo, não sabemos fazer isso. Hoje
é terça-feira, Julho até já está a acabar, que se lixe a crónica.
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