aprazem-se
em ulular nas ruas.
Os
que limpam as artérias da cidade
não
limpam os seus domicílios:
Eles
pertencem aos trabalhos públicos
e
têm um salário.
Eles
ganham também em espectáculo,
porque
têm espectadores.
Eles
ganham em poluição,
porque
respiram os compostos carbonados,
os
produtos da tosse pública,
os
poluentes enxofrentos,
os
insultos clássicos da rua.
E têm
um salário…
Mas
em suas casas,
não
têm um salário –
e
seus domicílios são cobertos
de
latas, neve, fezes, poeira.
João Maimona, in “Trajectória Obliterada”, pág. 57. União dos Escritores Angolanos, 2013. Colecção 11 Clássicos da Literatura Angolana, 1ª edição. Luanda
João Maimona, in “Trajectória Obliterada”, pág. 57. União dos Escritores Angolanos, 2013. Colecção 11 Clássicos da Literatura Angolana, 1ª edição. Luanda
0 Deixe o seu comentário:
Enviar um comentário