Foto de autor desconhecido |
Soube que não resistiu ao traumatismo craniano resultante da queda, conforme chegou ao nosso conhecimento, acabou por falecer na República da Namíbia o músico e compositor Beto de Almeia. Beto, ao lado do irmão Moniz, marcaram a minha, como a vivência de muitos angolanos, quer com temas de intervenção pró paz ao longo do conflito armado, quer com temas mais ou menos neutros. De todas, retenho o pranto que retrata a caminhada a pé de deslocados do Huambo para Benguela, em consequência do eclodir da guerra com o fracaso eleitoral de 1992: "Etu tweya/ vakwetu vasala ko/ eteke le teke/ tweyililia/ posi/ vamwe veya/vamwe vasala ko/ etu levando tweya/ o Wambu yetu/ tuyiyongola amãyi we/ Oviye yetu/ tuyiyongola/ epata lyosi/ olila/olila wô/ akulu vetu/sapeli po/ Eteke lipi ombembwa yaco yikeya/ oco mwenle etu tupapale" (Nós viemos, outros ficaram. dia a dia, viemos a pé. Uns vieram, outros estão retidos/ Devagar, nós viemos/ Queremos o nosso Huambo/ Queremos o nosso Bié/ A família, chora, chora/Ó mais velhos (dirigentes), conversem (entendam-se)/ Em que dia chegará a tal paz/ para que possamos brincar?".
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