domingo, 20 de janeiro de 2013

UM POEMA NADA SABE


Não será num poema que direi
Se te amo ou simplesmente te quero
Se és real ou simplesmente algo que inventei
Para sustentar o sonho ou aliviar o desespero

Acredite pois, um poema seria impróprio
Talvez minimalista, lacónico e vulgar
Se te fiz real é porque mereces um império
Um mar aberto onde possas navegar

E não um pedaço de papel
Branco e ingénuo
Que nada sabe

O amor tem espaços contíguos
Como os mares o limpo sal
Depois que o sol os abre

Martinho Bangula, in «Poética», Vol. 1, pág. 385, Editorial Minerva, 2012. Lisboa.
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