Tirou-me do sono às três da manhã por causa de sons que mal cabiam no sonho, de tão dissonantes. E lá fui eu, entre o ensonado e o irritado, atrás dele, de chinelo à mão, chegando mesmo num um para um. Bem-vindo é que nunca seria! Sorte a dele que havia um buraco na parede, e escapou. Notei a seguir que andou a roer sabonete do WC. Talvez não o fizesse por mal, apenas estado de necessidade, porquanto somos dois solteiros preguiçosos em casa. Vai daí eu ter passado pelo supermercado essa tarde, já a pensar nele. Trouxe de lá um saco e um pacote, para que os últimos dias de sua passagem nesta vida sejam de fartura. Raticida é o que vai ter de sobra.
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