Certo assaltante, em pleno exercício de funções, pula o muro da residência de missionários na pacata vila da Catumbela, que tinha no seu quintal uma marcenaria com materiais e ferramentas valiosíssimos. A residência não tem guardas, ou porque os celibatários o dispensassem ou porque não tinham condições de o remunerar. Disso andava bem informado o profissional do roubo. A noite é de cacimbo, tudo o que pessoas normais podem querer é aconchegar-se bem fofinhos na mantinha. O gatuno até já faz contas do quanto irá ganhar. Para seu azar, um dos padres, sabe-se lá por que insónias, acorda e flagra o gatuno. Instantes depois, os demais residentes se juntam. O resto é amarrar o gatuno, palmatória preparada e tudo para aplicar um correctivo. "UM PONTO DE ORDEM!", exclama o ladrão, para a surpresa dos donos de casa. "SENHOR PADRE, É ASSIM: PRIMEIRO AINDA NÃO É BATER. ACONSELHEM!"
(Adaptaçao da cena contada pelo Hito Virgílio, amigo de adolescência, no bairro Santa Cruz, Lobito) | www.angodebates.blogspot.com
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