“OFICIAL-DIA!!!”
“Pronto, Chefe!”
“TRAZ AQUI AQUELE DETIDO DE ONTEM!”
“De ontem à noite, Chefe?”
“TEMOS OUTRO?”
“Bem, é só mesmo ele, Chefe.”
“ANDA LÁ!”
“Até o Chefe faz bem, porque ele tem estado a transpirar muito…”
“Com licença?”
“ENTRA!”
“Bom dia, excelência. Chamo-me…”
“CAMARADA! AQUI NÃO HÁ CÁ MUITAS VOLTAS, OK?”
“Efectivamente. Vai-me desculpar, excelência…”
“O CAMARADA SABE PORQUÊ QUE ESTÁ AQUI DESDE ONTEM, NÃO?”
“Não digo que não, mas não fiz nada para merecer. Aquilo, até, foi só mesmo uma bebedeira inofensiva, copitos de fim-de-semana, pronto…”
“NÃO FEZ NADA?! O CAMARADA NÃO ESTAVA A FAZER MENOR NO JARDIM?”
“Mas nem caiu minimamente nem uma gota ainda, já me prenderam…”
“ME DIZ SÓ: MAS O CAMARADA ESTAVA OU NÃO ESTAVA COM O CANHÃO NA MÃO?!”
“Estava escuro e não tinha caído nenhuma gota de xixi ainda no chão, levei duas bofetadas bem puxadas, Chefe…”
“LUCRO DO DESACATO. ASSIM É O QUÊ, HÃ? VAI DIZER QUE NESTE CASO, A POLÍCIA AGIU LEGAL OU ILEGAL?”
“Ilegal!”
“LEVEM-ME DE VOLTA O CIDADÃO PARA A CELA! ENTÃO, O CAMARADA, EMBRIAGADO, ESTAVA A ATENTAR CONTRA O PUDOR, O CÓDIGO DE POSTURA, E AINDA DIZ QUE A POLÍCIA AGIU ILEGAL?”
“Um momento só, Chefe, faxavori. ‘Ilegal’ afinal é como?”
“SEM RAZÃO.”
"Legal é que está certo?"
"NOS TERMOS DA LEI..."
“Ah, claro que agiu LEGAL. Ilegal mais como então?!!! Ó chefe, umas coisas é ensinar, faz favor… Agiu muito legal, a polícia até fez bem!!!”
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