Foto apenas ilustrativa |
Morreu o Kalú da maneira mais trágica e ao mesmo tempo digna. Soube-o agora. É neto de Chiculo, dos primeiros a ter uma moagem no Bairro da Santa-Cruz. Kalú transparecia estar orgulhoso do seu emprego, de apito à boca, estrada, caos e sol. Era agente de trânsito. Ontem, chamado a atender a um cenário de acidente na zona do Santo António, fez-se ao local para as medidas e demais perícia, protegido pelos cones e bom-senso de utentes da via. Veio depois uma carrinha à velocidade indigna e varreu o regulador de trânsito para sempre. Foi meu amigo de infância, embora eu tenha alguns anitos mais do que ele, no bairro da Santa-Cruz, onde morei até 2008. Sempre que nossos caminhos se quisessem cruzar, não fazia outra coisa senão tratar-me por Daniel Gociante Patissa!!!, seguindo-se um elegante gesto de mão à pala. Foi hoje a enterrar. Todos sabiam e foram ter com ele, menos eu que passei o dia enfiado num aeroporto. Está a doer!!!
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