A Catumbela com que me identifico, a comuna, onde estudei da 5ª à 8ª classes, tem dois homens que há por aí dois anos não passam despercebidos. É uma sensação complexa cruzar com eles e voltar a perceber o que resta destes meus ex-colegas, seus sonhos e aspirações, na sua condição de seres tomados irremediavelmente por doença mental. Um é o "maluco Tony", que passa o tempo encostado à ponte sobre o rio Catumbela, mais concretamente no sentido Lobito-Benguela. O Outro é o "maluco Tchitandula", que circula entre a estação e o cemitério. Tony Borges foi meu colega da 6ª classe (1993), colega do curso de pedreiro de construção civil (1997), colega no estaleiro da Sonamet (1998-2000). Tchitandula, técnico médio de agronomia, foi colega no sector das ONG's, eu pela AJS e ele pela ODLAC (1999-2002). Depois tornou-se funcionário da empresa Angocan, com quem passei a lidar como cliente do cybercafé do 1º Andar do Mercado Municipal do Lobito (2003-2004). Continuo a acreditar que um dia tudo passa.
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