segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Pepetela foi o homenageado do Festival literário “Escritaria 2018” em Portugal

O escritor angolano Pepetela foi o homenageado da 11.ª edição do Festival Literário Escritaria que decorre em Penafiel (Portugal) de 1 a 7 de Outubro nas ruas da cidade. Escritaria é o único festival literário que se dedica a homenagear um escritor vivo de língua portuguesa.

Penafiel [costuma] tornar-se na cidade de Pepetela com arte nas ruas, montras das lojas, exposições, teatro e música, entre outras novidades, sendo “im­possível a qualquer pessoa não ‘tropeça’” ou no autor de carne e osso, ou na sua es­crita”, adianta a nota de imprensa.

Pepetela apresentou a 18 de Setembro no Centro Cultural Português em Luanda o seu últi­mo romance, intitula­do “Sua excelência, de corpo presente” uma crítica mordaz ao abuso de poder e aos sistemas totalitários, disfarçados de de­mocracia, escrita com um sentido de humor inteligente “Vários actores vão interpre­tar em vários cantos e recantos da cidade textos de Pepetela, ao mesmo tempo que as fachadas dos prédios e outros locais da ci­dade vão mostrar a sua obra e torna-la até portátil em caixas de leitura e muitos out­ros materiais”, prom­ete a Câmara Munici­pal de Penafiel.

Pelo Escritaria já passaram Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agus­tina Bessa-Luís, Mia Couto, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Mário Cláudio, Alice Vieira e Miguel Sousa Tavares.

PERCURSO DO HOMENAGEADO

Pepetela, de seu nome próprio Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, nasceu em Benguela, em 1941. Licenciou-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio. Foi Comandante guerrilheiro do MPLA. Foi Vice-Ministro da Educação. É Membro Fundador da União dos Escri­tores Angolanos e da Associação Chá de Caxinde. Estreou-se como ficcionista com a obra “Muana Puo”, em 1969. Em 1972, publicou “As Aventuras de Ngunga”, considerada uma pequena obra-prima de lit­eratura revolucionária. Em 1980, publicou “Mayombe”. Depois dis­so, Pepetela já publicou mais de 22 obras, dentre as quais, 20 ro­mances e duas peças de teatro. Em 1997, foi distinguido com o prémio Camões.

Texto: Folha-8 |||| Foto: Verdadeiro Olhar
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